Karol Conká prepara álbum de estreia tentando propagar, em versos, um jeito otimista de levar a vida
“Minha família chegou a pensar que eu estava louca”, lembra Karol Conká, sobre quando deu a notícia aos parentes informando que seguiria carreira no rap. A rapper de 25 anos é a nova promessa no grupo de mulheres “versadoras”, foca suas rimas positivas no dia a dia e está com álbum de estreia pronto para ser lançado.
Nascida em Alto Boqueirão, bairro da periferia de Curitiba, Karoline dos Santos de Oliveira começou nova a escrever poemas e canções – o interesse pela música floresceu a partir dos sambas de raiz que saíam das caixas de som em sua casa quando era pequena. A princípio, sonhava em ser cantora de MPB, mas o trabalho de Lauryn Hill a convenceu, ainda na adolescência, a seguir no rap – na época também havia sido apresentada às músicas do Racionais MC’s, com disco que lhe fora dado por um primo. Subiu pela primeira vez em um palco aos 17 anos: a ideia de seguir adiante no gênero musical, então, fixou-se definitivamente.
No conteúdo das canções de Karol é abordada sua visão com relação ao cotidiano, focando em como adversidades podem ser superadas. “É a minha maneira de viver”, conta. “Não nasci em berço de ouro, mas gosto de pensar que todos os problemas na nossa vida têm solução. É fácil viver com otimismo e quero passar isso para minhas músicas em forma de melodia e poema.” O amor é belo, mas não integra a temática da maior parte das músicas de Karol, fugindo do óbvio. “E sou uma mulher solteira, desprendida, para mim não é muito interessante falar sobre algo que não estou vivendo”, explica.
Karol, cujas influências vão de Erykah Badu a Milton Nascimento, começou a elaborar o primeiro álbum em janeiro deste ano, com o auxílio do produtor Nave, que já se juntou a nomes como Marcelo D2 e Emicida. Ainda não há título para o trabalho, mas ele já está gravado e conta com dez faixas. Sobre o lançamento, fica a dúvida se ele acontecerá ainda neste finzinho de 2011 ou no começo do ano que vem. “[O disco] Mostrará a minha forma de viver e como vejo o mundo”, decreta.