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O que rola com...Romulo Fróes

Por José Julio do Espirito Santo Publicado em 11/03/2009, às 16h56

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QUEM

O cantor e compositor paulista iniciou carreira solo com Calado (2004), álbum repleto de sambas melancólicos. Dois anos depois, veio Cão, como uma versão mais sofisticada de sua estreia, com convidados ilustres,como o violonista Zé Barbeiro e a Velha Guarda Musical da Nenê de Vila Matilde.Foi quando o rótulo de sambista colou forte. "Eu me considero,correndo o risco de ser pedante,da categoria dos inventores,que fica mexendo nas paradas,tipo: 'Que negócio é esse?'", Fróes se justifica."Nos dois primeiros discos, fiz isso com o samba.Tenho muito orgulho deles."

O DISCO NOVO

Amparado por um power trio - Guilherme Held na guitarra, Fábio Sá no baixo e Curumim na bateria -, Fróes gravou No Chão sem o Chão, um ambicioso álbum duplo de partes quase antagônicas. "Fiz uma espécie de corte. Fui do samba triste para o rock'n'roll psicodélico tropicalista", ele descreve."Antes tinha solos com partes instrumentais intermináveis,ninguém entendia a letra Aí, as músicas mudaram." Desta revolução surgiu o disco um, Primeira Sessão: Cala Boca Já Morreu.Seu par, Segunda Sessão: Saiba Ficar Quieto, faz uma leve volta ao samba. Ambos contam com participações femininas consagradas,como Mariana Aydar,Nina Becker e Andréia Dias.

O FUTURO

O show de lançamento do álbum acontece no fim de abril, no Sesc Pompéia (São Paulo). Depois, Fróes pretende reunir músicos para acompanhá-lo em shows e festivais pelo Brasil. "Meu trabalho depende deles. Isso é muito louco", diz. "E depende do ambiente, porque sou um músico independente.É curioso achar que você pode fazer o que quiser dá para ficar em casa fazendo música e tocando no computador, mas,se você sai de casa, acontece um monte de coisas!"