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O recomeço de Laura Jane Grace

As mudanças no Against Me! depois de a vocalista ter revelado ser transgênera

Gavin Edwards | Tradução: Ligia Fonseca Publicado em 11/02/2014, às 09h38 - Atualizado em 13/03/2014, às 14h58

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DE VOLTA
Johansson, Bowman, Grace e Willard (da esq. para a dir.) em Los Angeles - Divulgação
DE VOLTA Johansson, Bowman, Grace e Willard (da esq. para a dir.) em Los Angeles - Divulgação

“Achei difícil pisar nos pedais da guitarra usando salto alto”, conta Laura Jane Grace. Em maio de 2012, depois de lutar a vida inteira contra a disforia de gênero, Laura – vocalista da banda punk Against Me! e antigamente conhecida como Tom Gabel – revelou ser uma mulher transgênera em uma entrevista à Rolling Stone EUA. “Sair do armário foi muito positivo para mim”, ela afirma, algumas semanas antes do lançamento do sexto álbum da banda, Transgender Dysphoria Blues. Laura parece feliz. Mesmo assim, a cantora descreve sua vida recentemente como “um redemoinho”. Uma árvore caiu sobre o telhado de seu estúdio na Flórida durante uma forte tempestade. Uma mudança para Chicago com a mulher e a filha pequena foi prejudicada pelo roubo de US$ 15 mil em guitarras no trajeto, e metade do Against Me! – o baixista Andrew Seward e o baterista Jay Weinberg (filho de Max Weinberg, da E Street Band) – deixou a banda repentinamente. Agora, o grupo tem uma nova cozinha (o baterista Atom Willard e o baixista de turnês Inge Johansson), mas o núcleo continua sendo Laura e o guitarrista James Bowman – grandes amigos desde o primeiro dia do ensino médio. “Todas as turbulências que sofremos no ano passado realmente solidificaram sua amizade comigo”, diz a cantora para Bowman. “O fato de ainda estarmos aqui significa que esta relação é forte como pedra.” Durante todo o período de mudanças, a música permaneceu uma constante na vida da artista. “Sou uma transexual de 33 anos que não se formou no ensino médio”, Laura afirma. “Minhas oportunidades de trabalho são praticamente inexistentes, mas toco guitarra desde os 8 anos. É isso que farei com minha vida – mesmo se significar ficar parada em uma esquina pedindo moedas.”