Carlos Lopes, ex-Dorsal Atlântica, lança livro e batalha com sua banda Mustang
A injustiça somente pode ser combatida com três ações: o silêncio, a paciência e o tempo." A frase do filósofo grego Sêneca, citada recentemente pelo senador José Sarney, é repetida pelo carioca Carlos Lopes para definir sua maneira de reagir aos detalhes do mundo globalizado. Não que isso signifique omissão, pois Lopes é um discreto, mas dedicado, empreendedor. Edita o site O Martelo, pilota as guitarras e as composições do Mustang, escreve livros (seu terceiro, O Segredo J, sobre teorias conspiratórias em geral, saiu em pequena tiragem independente e aguarda uma editora interessada) e ainda apresentou e produziu um programa sobre heavy metal na Rádio Venenosa FM. Formado em jornalismo, Lopes se sente bastante atraído por livros e filmes. Desde que a Dorsal Atlântica, banda seminal do heavy metal brasileiro, encerrou suas atividades em 1999, Lopes procura se livrar das cobranças de fãs e entusiastas da cena metálica alternativa. "As pessoas finalmente pararam de me pedir para voltar com a Dorsal, mas, se rolasse uma boa grana, eu faria, porque isso é apenas um negócio." Já o quarto disco do Mustang, chamado Santa Fé , aparece agora encartado na primeira edição em papel de O Martelo , feita no peito e na raça, em comemoração aos três anos de atividade do site. O nome da bolacha, segundo Lopes, foi escolhido aleatoriamente, mas a banda continua firme com sua versão simpática do hard rock setentista, com pitadas de R&B à la Rolling Stones e punk rock.