A canção de 1964 foi uma das primeiras composições de Jagger e Richards. Mariane Faithfull, que namorou com o cantor dos Stones entre 1966 e 1970, gravou a faixa antes dos Stones. Com o término do relacionamento dos dois, Marianne não ficou longe da banda, e acabou tendo um breve caso com Richards (ela chegou a dizer, anos depois, que estava apaixonada pelo guitarrista enquanto namorava Jagger). No decorrer dos anos os Stones continuaram dando força e a impulsionando na carreira de cantora.
Primeira faixa do labo B do álbum Beggars Banquet, “Street Fighting Man” é uma música de protesto que convoca o ouvinte a sair pelas ruas londrinas lutando pelo seus direitos. Charlie Watts disse que ela foi gravada na casa de Richards com uma bateria de brinquedo dos anos 30 que ele mesmo tinha comprado em uma loja de antiguidades.
Em 1978, os Stones lançaram o álbum Some Girls – título inspirado em garotas das quais eles não lembravam o nome – e sofreram influência do movimento punk. Isso fez o álbum soar mais pesado, mas ele é lembrado mesmo pela música “Miss You”, hit que faz sucesso até hoje nas pistas de dança e não sai de jeito nenhum do repertório dos shows dos ingleses. Recentemente o álbum foi lançado em versão deluxe.
Considerado um clássico da discografia dos Stones – e também do rock and roll –, Sticky Fingers, de 1971, é o nome do álbum que contém “Wild Horses”. A música teve presença garantida na lista das 500 melhores canções de todos os tempos da Rolling Stone, e já foi regravada por vários artistas, inclusive pela cantora britânica Susan Boyle, participante do programa de talentos Britain’s Got Talent.
Em 1966, o trio Mick Jagger, Keith Richards e Brian Jones estava exalando inspiração, e foi em um encontro entre eles que nasceu a música lançada na versão norte-americana do álbum Aftermath. O baixista Bill Wyman disse em sua autobiografia que a música foi composta pelo grupo todo, e não apenas por Jagger e Richards, como foi creditado no disco. “Paint It, Black” foi regravada por vários músicos e acabou sendo tema de abertura do seriado de televisão Combate no Vietnã, em 1987.
Considerada um dos maiores sucessos do grupo, a música foi lançada como single em 1968 e dominou as paradas britânicas. Nos Estados Unidos ela ficou em 3º lugar. A canção marca uma transição da banda, que saía de um período sombrio – a morte do guitarrista Brian Jones e a entrada de Mick Taylor em seu lugar – e rumava cada vez mais ao auge. O vídeo é dirigido pelo conhecido norte-americano Michael Lindsay-Hogg, que capricha nos close-ups dos rostos maquiados de cada integrante da banda.
Essa balada que fala sobre o fim de um relacionamento, parte do álbum Goats Head Soup, de 1973, é uma das canções mais bonitas e sinceras dos Stones. Rumores davam conta de que a “Angie” da música era Angela Bowie – esposa de David Bowie na época –, que, segundo o autor Christopher Andersen, flagrou o marido e Jagger nus na cama. Jagger negou a história e disse que a música não é dedicada a ela. “Angie” alcançou o 5º lugar nas paradas britânicas.
Com certeza é uma das músicas mais conhecidas de todos os tempos. O riff inicial de guitarra é inconfundível, e ao ouví-lo, não há como ficar parado. A canção foi composta pela dupla Keith Richards e Mick Jagger em 1965. O guitarrista afirma que a inspiração veio de um sonho. Ele simplesmente levantou no meio da noite e gravou a parte da guitarra em um gravador cassete. Depois voltou a dormir.
“Sympathy for the Devil”, do álbum Beggars Banquet, de 1968, é curiosamente uma canção que pode ter sido influenciada pelo ritmo brasileiro. Na época, Jagger e Richards vieram ao Brasil a passeio com suas namoradas – o vocalista se relacionava com a cantora e atriz Marianne Faithfull –, e diz à lenda que foram apresentados ao candomblé na Bahia. Mas foi Richards que sugeriu o ritmo, que lembra um afro-samba endiabrado.
A música mais votada entre os leitores da Rolling Stone Brasil é a que abre o álbum Let It Bleed, de 1969. A letra fala sobre procurar abrigo em uma tempestade que se aproxima e, ao mesmo tempo, do poder do amor. A canção ainda deu nome ao documentário que mostra o show gratuito que a banda fez no festival Altamont Speedway no Norte da Califórnia, no mesmo ano, ao qual trezentas mil pessoas compareceram e uma morte foi registrada.