Nova orquestra filarmônica tem grandes padrinhos e mira em um público jovem e não elitista
A concepção de que a música erudita no Brasil é privilégio da elite e só apreciada pelo público da terceira idade está com os dias contados, se depender da recém-criada Orquestra Filarmônica de São Paulo, a OFESP. "Nós temos como principais missões a formação de um público jovem e também aumentar o acesso da população ao universo da música clássica", explica Jorge Muzy, idealizador do projeto, que completa: "A música é uma coisa universal e não pode ficar restrita a um nicho. Por isso, pretendemos fazer apenas apresentações gratuitas". Totalmente apoiada pela iniciativa privada e por leis de incentivo de renúncia fiscal ("Nós somos uma filarmônica pura", frisa Muzy), o corpo de músicos da OFESP está em formação, mas já conta com duas aquisições administrativas: Gilberto Gil e o maestro João Carlos Martins fazem parte do conselho e colocam a sua expertise em benefício do projeto. "Toda iniciativa de se levantar uma estrutura sinfônica independente do dinheiro público tem que ser louvada. , se eu puder, quero reger um dos concertos", empolga-se Martins.