Redação Publicado em 15/10/2014, às 20h16 - Atualizado em 14/09/2017, às 13h39
Como muitos bons filmes de terror, Poltergeist - O Fenômeno começa apresentando uma típica família norte-americana vivendo sem preocupações. Tudo parecia bem, até que um fantasma começou a se manifestar na casa deles. Aos poucos, as intenções do fantasma são reveladas, e a filha é sugada por um portal no armário dela, podendo se comunicar com a família apenas pela televisão. É muito estranho, mas atenção: passe longe das sequências. 
O Enigma de Outro Mundo, dirigido por John Carpenter em 1982, tinha tudo para dar errado. Não só estreou no mesmo dia de Blade Runner, como foi lançado apenas semanas após E.T. - O Extraterrestre - no qual aliens são criaturas fofinhas que adoram crianças. Os alienígenas de O Enigma de Outro Mundo eram muito diferentes: em vez que levitarem bicletas, eles aterrorizavam cientistas no Antártida. Ele não conseguiu competir com os dois filmes, mas hoje é visto como um clássico absoluto do gênero terror. 
Muito antes de The Walking Dead, Extermínio, e outros milhares de filmes e série sobre zumbis, houve A Noite dos Mortos-Vivos. Dirigido por George Romero, o filme acompanha um casal jovem forçado a lidar com um ataque zumbi em uma fazenda na Pennsylvania. Romero gravou o filme com uma verba ridiculamente limitada e foi criticado por inserir cenas de violência gráfica. Lembrando que isso foi antes dos sistemas de classificação etária, então crianças eram permitidas no cinema. Obviamente, quanto mais críticas negativas surgiam, maiores as filas para assistir ao filme se tornavam. Romero filmou várias sequências ao longo dos anos, mas o original continua uma verdadeira obra-prima.
Há algo inexplicavelmente aterrorizante sobre qualquer filme de alienígenas. A maioria das pessoas reconhece que zumbis, fantasmas e lobisomens e demônios do inferno não existem - mas sempre houve a desconfiança de que extraterrestres estão soltos por aí. No clássico Alien, o Oitavo Passageiro, um grupo de astronautas em um futuro distante se encontram presos dentro de uma nave com uma criatura espacial que simplesmente surge do estômago de um cara. O diretor Ridley Scott é um brilhante artesão, deixando a tensão crescer aos poucos até se tornar incrivelmente insuportável. James Cameron fez uma sequência sete anos depois, mas como a maoria das continuações de filmes de terror, o filme não se compara ao original.
O Massacre da Serra Elétrica: o título já revela boa parte do enredo do filme. A história se passa no Texas, tem uma serra elétrica, tem um massacre. Ele foi filmado apenas com US$ 300 mil, com um elenco de atores conhecidos e chocou o público de 1974 com a violência gráfica e imagens inesquecíveis. Os produtores não tinham a menor ideia de que estariam mudando o cinema para sempre. Depois disso, você não precisava de uma grande verba, fotografia cuidadosa e atores conhecidos para fazer um filme. Você só precisa de uma boa ideia, um bom diretor e estar disposto a quebrar barreiras.
Hoje em dia, filmes sobre psicopatas mascarados que perseguem adolescentes são feitos aos montes, mas em 1978 o conceito era inovador. Então John Carpenter lançou Halloween - A Noite do Terror. O filme tinha Jamie Lee Curtis como Laurie Strode, uma jovem que tem um Halloween muito, muito ruim depois que o irmão dela foge de um manicômio. Só a música é capaz de te deixar aterrorizado. Não haveria Sexta-feira 13 e A Hora do Pesadelo sem este filme.
Em 1960, Alfred Hitchcock já era um dos diretores mais bem sucedidos do mundo, mas mesmo assim a Paramount não tinha interesse em fazer Psicose. Eles não compraram a ideia sobre um assassino dono de hotel e se recusaram a financiar o filme. No final das contas, o cineasta pagou o filme com o próprio bolso usando a equipe do programa de televisão dele. Eles não imaginavam que o longa faria uma fortuna, tornaria Hitchcock rico, e renderia três sequências e um remake. Até o trailer é brilhante. Em vez de mostrar cenas do filme, o diretor anda pelo set dando dicas sobre a história.
O Iluminado foi o primeiro "arrasa-" Stanley Kubrick, com direito a rios de dinheiro, depois do último filme dele, Barry Lyndon. Os críticos amaram a tensão e a performance de Jack Nicholson como o insano Jack Torrence, mas depois de filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço e Dr. Fantástico, parecia uma obra menor. Então algo engraçado aconteceu. Pessoas começaram a assisti-lo incessantemente. Elas criaram inúmeras teorias mirabolantes sobre o real significado do filme e ele passou a ser visto como uma obra-prima improvável. Provavelmente, foi mais analisado, exibido e parodiado do que qualquer outro filme do catálogo de Kubrick. Ninguém imaginou que isso poderia acontecer.
É difícil para aqueles que ainda não eram nascidos entenderem o que aconteceu no mundo quando O Exorcista estreou. Paramédicos foram chamados porque pessoas estavam, literalmente, passando mal e desmaiando. Quando Regan vomita no padre, as pessoas vomitaram toda a pipoca que haviam acabado de comer. Ninguém nunca tinha visto algo como aquilo, tampouco parar de assistir. Ele ficou em cartaz por meses e meses. Desde então, milhares de filmes sobre possessão demoníaca foram lançados - graças, é claro, a O Exorcista. 
