Vendendo discos e sem fazer contas, o Jota Quest só quer a aceitação da crítica
Os cinco integrantes do Jota Quest têm lá os traquejos típicos dos popstars - tatuagens, penteados e roupas que muita gente não ousaria usar no diaa- dia - mas, afáveis e articulados, não parecem chegados ao estrelismo ou a comportamentos bizarros. A popularidade do quinteto mineiro, há 12 anos na estrada, pode ser traduzida em números: CDs e eventuais DVDs vendem respeitavelmente (a Sony/BMG estima mais de 2,5 milhões de unidades por lançamento). Também se orgulham de serem os campeões de shows no país (a turnê de Até Onde Vai, de 2005, contabilizou 340 shows e foi vista por mais de 2 milhões de pessoas).
Com La Plata, recém-lançado sexto álbum de estúdio, a banda já colhe frutos. Desde outubro, já alcançou 40 mil unidades vendidas, número considerável em se tratando do mercado atual. A turnê do disco carrega 29 pessoas e 18 toneladas de equipamentos na bagagem - o item mais pesado é um telão de 50 metros quadrados com conteúdo personalizado para cada música. Só que ao invés de falar sobre números, a banda parece ter quase obrigação de discutir temas polêmicos, como popularidade, aceitação e crítica. "Se não achássemos importante o parecer da imprensa, nem estaríamos aqui, falando com o pessoal dos meios de comunicação", explica Marco Túlio, guitarrista com pinta de galã e um dos favoritos das fãs. "Mas é importante que nos aceitem como somos: uma banda pop honesta que está ralando há mais de dez anos. Nós somos caras normais, não precisamos inventar nada. É chato quando uma parcela da crítica fi ca cobrando um certo tipo de atitude e nem repara no trabalho despendido nos discos."
Você lê esta matéria na íntegra na edição 28, janeiro/2009