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Outros Limites

Sepultura prepara novo disco com arranjos orquestrais e foco nos detalhes

Gabriel Nunes Publicado em 19/10/2016, às 11h51 - Atualizado às 12h01

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Andreas Kisser e Derrick Green (ao fundo) trabalhando nas canções do novo disco - Bruno Teixeira/Divulgação
Andreas Kisser e Derrick Green (ao fundo) trabalhando nas canções do novo disco - Bruno Teixeira/Divulgação

“Tá foda”, Andreas Kisser é categórico ao definir o próximo disco do Sepultura. O quarteto retorna com o primeiro trabalho de inéditas desde The Mediator between Head and Hands Must Be the Heart (2013), que marcou a estreia de Eloy Casagrande como baterista do grupo.

Da cosmopolita Los Angeles às gélidas paisagens escandinavas, a banda de Kisser, Paulo Jr., Derrick Green e Casagrande optou por chamar a Suécia de casa temporária enquanto concebia o 14º álbum de estúdio, cujo nome ainda não foi anunciado. “Gravamos entre Estocolmo e uma cidadezinha do interior chamada Örebro, onde fica a casa do produtor, Jens [Bogren]”, conta Kisser. “Ficamos bem isolados. Não tinha muito o que fazer a não ser pensar 24 horas por dia no novo disco.”

Com previsão de lançamento mundial para fevereiro de 2017, o álbum simboliza para Kisser não apenas duas décadas do álbum Roots – clássico que cravou de maneira definitiva a importância do Sepultura em um âmbito global – mas também uma mudança de caminho em relação ao antecessor.

“Ao contrário do último disco, procuramos trabalhar mais os detalhes”, pontua o guitarrista. “O Ross [Robinson], que produziu o The Mediator..., é um cara muito espiritual e orgânico, que não se importa tanto com alguns erros na hora da gravação, já o Jens é extremamente detalhista. A gente precisava dar essa diferença. Acho que a mudança foi bastante positiva e saudável, e deu a possibilidade de expandirmos nossos limites como banda.”

O primeiro fruto da parceria entre o Sepultura e o produtor nórdico contará com orquestração do maestro brasileiro Renato Zanuto, com quem Kisser trabalhou anteriormente em um álbum solo. “Ficaram bonitos, pesados e maléficos”, diz o guitarrista sobre os arranjos orquestrais. “Além dele, o Jens chamou um violinista tunisiano para gravar algumas faixas com a gente, o que acrescentou uma sonoridade oriental à nossa música.”

Para o artista, este é um disco que mostra um Sepultura diferente. “Um Sepultura melhor”, conforme ele crava.

O Sepultura é uma das atrações do Rolling Stone Festival, que acontecerá no dia 3 de dezembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, e já tem ingressos à venda.