“Gosto do clima de camaradagem entre os personagens originais e é ótimo levar isso para um grupo de mulheres”, diz a atriz
Se for para cometer um crime, que seja em ótima companhia. Mais especificamente, ao lado de grandes estrelas do cinema e da música, como Sandra Bullock, Cate Blanchett, Mindy Kaling, Awkwafina, Rihanna e Helena Bonham Carter. Sarah Paulson (da série American Crime Story e do filme The Post: A Guerra Secreta) é o oitavo elemento de Oito Mulheres e Um Segredo, spinoff feminino do sucesso de bilheteria Onze Homens e Um Segredo (2001), que por sua vez é um remake do filme de mesmo nome de 1960. O longa traz Debbie Ocean (Sandra), irmã de Danny Ocean, que conhecemos nos filmes masculinos, reunindo uma equipe para roubar uma joia de Daphne Kluger (Anne Hathaway) durante o famoso jantar beneficente Met Gala, em Nova York.
O longa é mais um título a entrar na onda dos remakes e derivados com elenco feminino substituindo o masculino. A tendência, ao mesmo tempo que agrada e avança as intenções hollywoodianas de se tornar um ambiente mais igualitário e justo com as atrizes, também gera comentários vitriólicos na internet, mesmo que estejamos em pleno 2018. “É irritante”, diz Sarah. “Acho que as pessoas são criaturas de hábito e não gostam de ser desafiadas ou tiradas da zona de conforto. Mas o único jeito de encorajar uma nova maneira de pensar é expondo essa maneira ao mundo”, reflete. “Somos mais da metade da população, nossa presença nesse gênero de cinema, que geralmente é dominado por homens, só pode ser uma coisa boa.”
Sarah, ou melhor, a personagem dela, Tammy, contribui para essa equipe de mulheres tão finas quanto bandidas como uma espécie de “meio-campo”, “alguém que faz a ponte entre vendedor e comprador”, conforme conta. “Ela era parceira da personagem da Sandra, mas saiu desse mundo e virou dona de casa. Mesmo na nova vida, continuou aplicando um golpe modesto, mas com esse trabalho ela sai da aposentadoria.”
Fã tanto do Met Gala, ao qual foi algumas vezes, quanto de Onze Homens e Um Segredo – e de suas continuações, Doze Homens e Um Segredo (2004) e Treze Homens e Um Segredo (2007) –, Sarah está animada de participar de uma revolução na qualidade de papeis femininos. “Gosto do clima de camaradagem entre os personagens originais e é ótimo levar isso para um grupo de mulheres. Além disso, foi divertido ter tido a chance de apoiar uma grande causa nesse jantar extraordinário e glamoroso, e depois vê-lo recriado tão fielmente e poder cometer um crime no evento.”