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Paulo Gustavo

Trabalhando em várias frentes, ator lança livro e marca de roupas enquanto prepara filmes

André Rodrigues Publicado em 19/03/2015, às 12h55 - Atualizado em 13/05/2015, às 11h57

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<b>Blindado</b><br>
Artista garante que não tem tempo nem para notar se tem rivais  - Dado Marietti/ Divulgação
<b>Blindado</b><br> Artista garante que não tem tempo nem para notar se tem rivais - Dado Marietti/ Divulgação

Aos 36 anos, famoso e independente, o ator e comediante carioca Paulo Gustavo ainda recebe uma gorda mesada graças à mãe dele. Dez anos depois de estrear nos teatros o espetáculo Minha Mãe É uma Peça, em que interpreta a espalhafatosa Dona Hermínia, inspirada em sua própria genitora, ele lança um livro com conselhos e dicas de vida da personagem e escreve a continuação do longa-metragem de mesmo nome (o primeiro foi recordista de bilheteria entre os filmes nacionais em 2013). “Eu amo a Dona Hermínia. Essa personagem mudou a minha vida pra sempre”, ele diz após fazer audições com bailarinos para uma temporada do espetáculo 220 Volts, que também é um programa do Multishow. No mesmo canal, Paulo Gustavo faz Valdomiro em Vai que Cola, série que ganha terceira temporada este ano e vira filme no segundo semestre. Além disso, lança o DVD Hiperativo e trabalha em uma adaptação para os cinemas da vida de São Francisco de Assis. Expandindo ainda mais os negócios, criou a marca Use Paulo Gustavo, que conta com camisetas, bonés e outros produtos aprovados pelo ator. “Viajando pelo país, vi que os fãs tinham necessidade de ter um pedacinho meu com eles. É uma forma de me conectar com o público.”

Hoje, você é literalmente uma marca no humor brasileiro. Humor dá muito dinheiro?

Eu nunca pensei em ficar rico, ganhar dinheiro. É óbvio que eu ganho dinheiro e todos nós queremos ganhar. Mas prefiro receber menos e fazer um trabalho com a minha cara do que ganhar mais. Deixo de fazer dez comerciais agora para fazer um lá na frente. Recebi convite para quatro longas neste ano e não aceitei, porque já estarei noVai que Cola em setembro. Claro que rola um dinheiro nessa história toda, mas isso nunca está em primeiro lugar.

Como você se organiza? Tem uma rotina?

A única coisa que eu penso em fazer todos os dias é descansar. Isso eu tento encaixar no meu cronograma. Chego a mil em casa.

Mas como você consegue se desligar?

Fazer massagem é legal, correr na praia é legal. Voltei a malhar agora. Rezar é uma coisa que me acalma muito. Se não consigo dormir de jeito nenhum, eu rezo.

A Dona Hermínia completa dez anos. Tem medo da superexposição da personagem?O tema mãe é imbatível e inesgotável. Eu uso a personagem e não deixo ela se esgotar. Fiquei dez anos no teatro, mas agora só apresento Minha Mãe É uma Peça em ocasiões especiais.

Como é a criação dos seus personagens femininos, que são seus grandes hits?

Eu me divirto muito fazendo mulher, porque na minha família temos muitas mulheres. Fui criado com minha mãe, irmã e empregada. Na minha família as mulheres são muito mais presentes que os homens. E eu sou muito observador, então sempre imitei minha mãe, minha avó, que são hilárias. Também não sou um cara extremamente masculino. Estou no meio do caminho, acho. Se eu fosse um cara bruto, feito o Sylvester Stallone, não faria a Dona Hermínia.

Há muita rivalidade entre os comediantes brasileiros?

Para você ver rivalidade, tem que ter tempo para isso. Eu sou um cara muito ocupado, então quase não tenho tempo para ver o rival. Se ele existe, eu não encontro com ele, graças a Deus. Primeiro porque eu sou um cara muito positivo. Fico mais preocupado com outras coisas. Minha energia bloqueia isso.

O assédio te incomoda?

Não vejo problema. As pessoas querem saber o que acontece no meu dia a dia. É natural. É positivo. Menos com blogs de fofocas. Mas eu não tenho tempo para ver. A gente nunca é unânime, eu entendo. Não vejo nada de forma negativa. Está tudo certo.

Pensa em fazer mais papéis dramáticos?

São Francisco de Assis é o meu sonho. Adoro esse santo. Chamamos alguém para escrever e dirigir. Tudo partiu de mim. Eu queria ter feito Nosso Lar e um padre em Irmã Dulce, mas não deu por causa da minha vida louca, dos meus compromissos. Não recebo muitos convites para fazer papéis dramáticos. Existe até um pouco de preconceito nisso. Nunca acham que o comediante vai fazer o sério. Também não é uma coisa que estou procurando. O dia em que quiser fazer drama, eu vou fazer. Ah, uma última coisa: coloca uma foto minha bem bonita na entrevista. Pega a foto e mostra para toda a redação. Se todo mundo ficar com tesão, é essa [risos].