Em novo trabalho, Matanza grava pela primeira vez com dois guitarristas no estúdio
Para o sétimo disco de estúdio da carreira, o Matanza manteve a rotina: mesmo produtor (Rafael Ramos, que assina todos os álbuns da banda), engenheiro
de som (Jorge Guerreiro), estúdio (Tambor, no Rio de Janeiro) e lógica de trabalho. Mas nem tudo permaneceu igual. “A mais importante mudança foi na formação da gravação do disco”, conta o vocalista e líder do grupo, Jimmy London. “Colocamos juntos no estúdio os dois guitarristas que trabalham na banda.” Maurício Nogueira, guitarrista apenas de shows, juntou-se a Donida, cofundador do Matanza, que gravava sozinho as guitarras dos discos desde 2008. “Os dois tocaram e compuseram os arranjos. Fomos realmente um quinteto fazendo o álbum, como somos no palco”, comemora o vocalista, notando que esta foi a primeira vez que isso aconteceu com o grupo. “Para mim, uma banda de cinco pessoas já é uma orquestra!” Se as guitarras mais independentes são notadas, com intensidades distintas, em todas as dez faixas de Pior Cenário Possível, o pessimismo — quase apocalíptico em canções como “Orgulho e Cinismo” — segue soberano para o grupo carioca. “Só exploramos outras maneiras de fazer aquilo que sabemos fazer”, reflete Jimmy. “Continuamos botando para fora esse vômito que sempre tivemos.