Na edição de fevereiro da Rolling Stone Brasil, Selton Mello fala sobre seu novo filme, Reis e Ratos, e da possibilidade de voltar a fazer novelas (leia um trecho aqui). Abaixo, você lê perguntas e respostas publicadas com exclusividade neste site.
Gosta de Star Trek e clássicos da cultura nerd?
Não, nunca fui ligado em ficção científica, mas gosto muito de séries. Gostei de Família Soprano, A Sete Palmos. Two and a Half Men é muito bom.
Como funciona rodar um filme em 17 dias, como foi o caso de Reis e Ratos?
Foi divertido, uma espécie de gincana. O Mauro [Lima] me ligou e falou "podemos começar um filme na semana que vem?". O Bem Amado estava acabando e tínhamos que usar o mesmo cenário. Para filmar em 17 dias era tudo muito ligeiro, as ideias eram assimiladas rapidamente. A parceria com o Mauro é sempre muito atraente, a gente foi muito feliz no Meu Nome não é Johnny, então foi gostoso de fazer.
Você declarou que não aceitou fazer um papel no novo Star Trek, apesar de adorar o J. J. Abrams. Por quê?
Eu não posso falar muita coisa a respeito. Me chamaram, mas não tinha um personagem. Era assim: “Você pode vir para cá filmar?” E eu quis saber o quê. “Não podemos dizer.” Eu não faria isso, nem lá nem aqui. Preciso saber que personagem vou fazer. Não sou dado a grandes aventuras, gosto de saber por onde estou andando.
Tem algum diretor internacional ou que, se fizesse um convite, você falaria sim mesmo sem saber qual o papel?
Não, a nenhum eu diria sim sem saber o que é. E preciso saber o que é. É o básico, né? O que eu vou fazer? Sei á, é um personagem assim, assado, preciso saber qual é o personagem.
Fala-se muito, e você já disse isso antes, de não existirem muitos bons diretores de ator no Brasil. Você se sente em vantagem nisso por ser ator e saber como o ator se sente?
Alguma vantagem eu tenho nisso, sim. O meu diálogo com os atores é diferente por eu ser um ator.
Hoje, muitos atores investem em outras áreas no cinema. É algo para dar vazão a um excesso de criatividade ou é uma questão de sobrevivência no Brasil?
Na verdade, para mim, é uma questão de necessidade, de expressão, de poder contar uma história sob o meu ponto de vista. De exercitar outras coisas, desenvolver um jeito de contar uma história, minha maneira de empunhar a câmera.