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Problema de todas

Clarice Falcão deixa o ukelele de lado e investe no violão e no bom humor em Problema Meu

Estefani Medeiros Publicado em 18/03/2016, às 20h45 - Atualizado às 20h54

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Clarice renovada - Divulgação
Clarice renovada - Divulgação

Há quem condene as inimigas, mas Clarice Falcão prefere deixar a rivalidade de lado e convidar com a voz doce: “Toma um

chope comigo, vagabunda/ Que eu sei a vagabunda que eu sou/ Repara que conexão profunda/ De ter compartilhado o mesmo amor”. O refrão de “Vagabunda”, inspirado em uma história real de sororidade, é a cereja do bolo eclético de Problema Meu, sucessor do açucarado disco de estreia Monomania (2013). “Tinha quase tudo pronto, mas por causa desse verso fui adiando o momento de gravar a música, saiu nos 45 do segundo tempo”, conta a recifense de sotaque acariocado. Depois de três anos se dedicando ao coletivo de humor Porta dos Fundos, Clarice resolveu se voltar ao violão e abraçar um outro lado: feminista, focada na música e mais cética para com o romance, mas sem jamais perder o bom humor. Durante essa temporada de amadurecimento, Clarice atuou, se divorciou e escreveu “textões” sobre os direitos das mulheres. Em novembro de 2015, todas as experiências reunidas se concentraram no lançamento do clipe para uma versão dela de “Survivor”,do Destiny’s Child, que tinha quase 3 milhões de visualizações no YouTube até o fechamento desta edição. Convidadas da cantora fizeram um desabafo emocional no vídeo. “‘Survivor’ estava pronta há um ano e eu queria fazer esse clipe desde sempre”, explica. “E a questão do feminismo está muito em voga, e que bom que está! Na real, o clipe é muito mais das meninas que estão nele. Elas que decidiram se iam se maquiar ou não, tirar o brinco ou não.” Para a cantora, quando o assunto é girl power no pop, o grupo que lançou Beyoncé é imbatível. “Escutando com mais cuidado, fiquei pensando que as Destiny sempre falavam sobre ‘Independent

Women’, são letras meio ‘eu pago as minhas contas, sai do meu pé’.”