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Quase Humana

Conheça Hatsune Miku, a artista que não existe de verdade

Pedro Antunes Publicado em 11/12/2014, às 16h05 - Atualizado às 16h10

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Hatsune Miku faz shows lotados. - Divulgação
Hatsune Miku faz shows lotados. - Divulgação

Na noite de 8 de outubro, o apresentador David Letterman recebeu Hatsune Miku como atração musical. Quatro músicos com instrumentos estavam lá, rodeando um telão preto. Ali surgiu ela, com um visual saído de um anime futurista. O grande fenômeno do mercado oriental de música pop se apresentou no Late Show, um dos talk shows de maior sucesso da televisão norte-americana, mesmo sem existir em carne e osso. “A primeira aparição dela na televisão norte-americana foi

uma experiência inacreditável”, conta Kimitaka Nishio, diretor de desenvolvimento de negócios globais da Crypton Future Media, empresa criadora da personagem. Hatsune reúne 900 mil seguidores no Facebook e vídeos dela no YouTube passaram da casa dos milhões de visualizações. As performances da personagem

já lotaram arenas em grandes cidades asiáticas, como Taipei, Hong Kong, Tóquio e, mais recentemente, chegaram a Los Angeles, nos Estados Unidos. Criada como uma personagem para ilustrar um software de sintetizador de voz em 2007, Hatsune ganhou vida quando as pessoas começaram a fazer músicas especialmente para ela. Atualmente, são 100 mil faixas “assinadas” pela artista. “Tivemos muito cuidado em não impor uma visão oficial da personagem”, diz Nishio. “Se ela tem uma personalidade rica, é graças aos milhares de fãs pelo mundo, que criaram músicas, ilustrações e passos de dança.” Por causa desse público, diz ele,

“há um tremendo fator humano em Hatsune Miku”.