Como a doce Emilia Clarke ficou durona para Game of Thrones
Enquanto filmava uma cena da terceira temporada de Game of Thrones, Emilia Clarke (Daenerys Targaryen, Mãe dos Dragões; Khaleesi, Rainha dos Ândalos; e Senhora dos Sete Reinos) sentiu-se incomodada. A Khaleesi podia estar preocupada em examinar os Imaculados, um exército feroz disposto a perder os mamilos sem sequer piscar, mas os figurantes, “marroquinos extremamente excitados” que interpretavam os soldados, estavam ocupados demais com os olhos vidrados na adorável britânica de 26 anos. E assobiando. E provocando. Um momento que exigiu uma intervenção estratégica. “Quando as câmeras não estavam rodando, fiz questão de encarar cada um deles olho no olho, até que percebessem com quem estavam mexendo”, diz Emilia. “Só porque somos garotas não quer dizer que não podemos ser duronas.” Sem precisar dizer uma palavra, a tática dela domou os homens: “Eles subestimaram a intensidade e ferocidade do olhar de uma mulher”.
Um ano depois de deixar o Drama Centre London, Emilia havia trabalhado em “três empregos brilhantes – garçonete, em um call center e em um bar” –, quando recebeu a notícia de que tinha conseguido uma chance de teste na HBO. “Pensei: ‘Não há chance de eu conseguir’.” E, ainda assim, poucas semanas depois, ela estava voando para Los Angeles. “Testamos muitas, muitas atrizes para o papel de Dany”, diz o produtor executivo David Benioff. “Mas nenhuma delas na faixa dos 20 e poucos anos tinha ‘rainha guerreira’ no currículo. Então, quando estávamos começando a nos desesperar, o vídeo do teste da Emilia apareceu – e era ela. Sem sombra de dúvida. Emilia era alguém que qualquer um seria capaz de seguir até o inferno.”
Transformada por uma impressionante peruca loira – e costumeiramente nada além disso –, Emilia Clarke e suas curvas ganharam uma legião de fãs mauricinhos que, de outro modo, ignorariam o gênero fantasia. Sem os cachos loiros de Daenerys, ela ainda consegue passar despercebida na maior parte do tempo. “Às vezes estou andando com as minhas amigas, e elas dizem: ‘Oh, meu Deus, alguém reconheceu você’. E eu digo: ‘Sério? Ele é bonitinho, é solteiro?’”
Ela parece não ter consciência do poder de seu corpo. “Você passa o tempo todo tipo: ‘Será que dá para usar computação gráfica para diminuir meu traseiro um pouquinho?’ E eles dizem: ‘Você quer mais um dragão ou quer uma bunda menor? É um ou outro, Emilia’.” Ela ri. “Droga. Tá bom, façam o dragão.”