Em visita ao Brasil, o baixista do Minutemen, do Firehose e do Stooges relembra a carreira
O significado de “ser punk”
“Não tenho a definição final, mas punk nunca foi um estilo musical, mas um estado de espírito. Um estilo afeta tudo, como a pintura, a poesia, a literatura. É por isso que acho que o punk não vai morrer.”
Lou Reed
“A morte dele mexeu comigo. É claro que ele queria vender discos, mas ele cantava o que queria, sem se importar com o que iam dizer. ‘Walk on the Wild Side’ agora toca direto em rádios comerciais nos Estados Unidos. As pessoas aqui abriram a cabeça, e isso é surpreendente socialmente falando.”
Tocar com Dave Grohl e Eddie Vedder
“Fizemos juntos a turnê do meu disco Ball-Hog or Tugboat? . Lá se vão 20 anos. Dave Grohl é um dos bateristas mais rock and roll de todos os tempos. Como ele toca! Dave tinha acabado de começar o Foo Fighters, e Eddie estava com o Hovercraft. Eles se ofereceram para tocar comigo se as bandas deles abrissem. Muita gente acabou me conhecendo por causa deles.”
Ser o baixista do Stooges
“Eu estava tocando com o Secondmen em Tallahasee e recebi um telefonema. Era Iggy Pop: ‘Ei, Mike, Ronnie [Asheton] me disse que você é o cara’. Dez anos, ainda estou aqui e já gravei dois discos com eles. Estou falando da banda que eu ouvia quando garoto. Agora, faço música com eles. Sinto que devo tudo o que tenho ao Stooges. Por isso, aproveito cada minuto ao lado dessa banda. Não existiria punk sem eles.”
Planos para o futuro
“Gravei duas faixas com James Williamson [do Stooges]. Em janeiro ele quer gravar mais quatro. Até hoje, já fiz 70 turnês. E quero fazer mais 70.”