Entre outros problemas, o Rei Jorge VI, do Reino Unido, era gago. Quando acaba herdando o trono, precisa da ajuda de seu terapeuta da fala australiano para anunciar no rádio a declaração de guerra dos britânicos contra a Alemanha, em 1939. O longa dirigido por Tom Hooper ganhou quatro Oscars: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Colin Firth) e Melhor Roteiro Original.
Embora o título em português nos remeta a um tipo de loucura diferente, o Rei George III era clinicamente doente. O longa de 1994 mostra a deterioração da saúde mental dele (que, hoje, é analisada por especialista como um caso de porfiria, uma doença sanguínea, na verdade).
A morte da Princesa Diana, certamente, é um dos episódios mais impactantes da história recente da monarquia britânica - embora ela não fosse mais considerada parte da monarquia. Neste filme, protagonizado por Helen Mirren, é retratada a reação da Rainha Elizabeth II (mãe do Príncipe Charles) e da família diante do ocorrido.
Quando o assunto é polêmica na monarquia, Henrique VIII é praticamente imbatível. Afinal, foram seis casamentos (com duas das esposas decapitadas), teve a ruptura com a Igreja Católica Romana, a personalidade horrorosa, a obesidade mórbida... A história dele já foi filmada e gravada muitas vezes. Fez sucesso dentro da série The Tudors, por exemplo. Mas selecionamos esta produção feita para a TV de 2003, com roteiro do imbatível Peter Morgan (Frost/Nixon, A Outra, o já citado A Rainha), que retrata os 38 anos de seu reinado.
Se o reinado de Henrique VIII foi uma época conturbada para os súditos e a realeza, a morte dele não trouxe muita paz. O herdeiro do trono, seu filho Eduardo VI, era uma criança e estava muito doente, de forma que não pode assumir a função. Neste longa de 1986, Helena Bonham Carter vive Lady Jane, que foi rainha por nove dias nesse processo turbulento de sucessão.
Para fechar a trilogia Peter Morgan, o roteirista escreveu este longa de 2008. Nele, ele fala sobre a “disputa” entre as irmãs Ana e Maria Bolena pelo “amor” de Henrique VIII (antes de Ana se casar com ele, Maria havia sido amante do rei). A história foi bastante romantizada nessa adaptação, algo que gerou críticas na época.
Agora trata-se da vida e os complicados primeiros anos do reinado de Elizabeth I da Inglaterra, filha de Henrique VIII e Ana Bolena. Por este filme vencedor do Oscar de Melhor Maquiagem, Cate Blanchett (que reprisaria o papel da protagonista anos depois em Elizabeth: A Era de Ouro) ganhou o BAFTA, o Globo de Ouro e sua primeira indicação ao Oscar.
Depois de ganhar notoriedade no mundo todo com a primeira parte, Cate Blanchett voltou ao papel em 2007, agora para narrar a segunda parte do reinado, também cheia de conflitos e conspirações.
O filme de 1964 estrelado por Richard Burton adapta a peça que, por sua vez, é uma visão do conflito entre o Rei Henrique II da Inglaterra e seu amigo e confidente Becket. A história é cheia de inconsistências históricas, algo que o autor reconheceu.
Judi Dench, em uma performance muito elogiada, interpreta uma Rainha Vitória muito deprimida e isolada do mundo após a morte de seu marido, Príncipe Alberto. A relação próxima que ela tem com seu lacaio, John Brown, nesse período de luto – e a influência que ele parecia exercer sobre ela - foi motivo de escândalo para a sociedade da época.