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Realeza do Rock

Atuando ao lado de grandes ícones da música, o fotógrafo Neal Preston fez história ao capturar momentos de intimidade e exuberância

Paulo Cavalcanti Publicado em 20/10/2017, às 10h20 - Atualizado às 10h23

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<b>Pura Mágica</b><br>
Freddie Mercury no Estádio de Wembley, Inglaterra, em 1986, durante a <i>Magic Tour</i>. Esse é um dos registros mais conhecidos feitos por Neal Preston
 - Neal Preston
<b>Pura Mágica</b><br> Freddie Mercury no Estádio de Wembley, Inglaterra, em 1986, durante a <i>Magic Tour</i>. Esse é um dos registros mais conhecidos feitos por Neal Preston - Neal Preston

‘Quando eu começo a olhar de novo esse material, um pensamento vem à minha mente: ‘Como eu consegui tirar todas estas fotos?’ O tempo voa, mesmo.” É assim que o fotógrafo Neal Preston começa a conversa sobre sua carreira e sobre o livro que acaba de lançar, Exhilarated and Exhausted. Nascido em Nova York, em 1952, Preston começou a fotografar como hobby no começo da década de 1970, concentrando-se nos shows de rock que frequentava. Em pouco tempo, tornou-se requisitado, colaborando para revistas como Time, Newsweek e Rolling Stone EUA, entre outras.

Preston já atuou em outros campos, trabalhando com fotojornalismo e nas áreas de política e esportes. Mas foi dentro da música que ganhou notoriedade. Ele registrou centenas de shows dos maiores nomes da história do rock. Foi o fotógrafo oficial do festival Live Aid (1985) e também de nomes como Led Zeppelin, Queen, Bruce Springsteen e The Who, clicando esses artistas dentro e fora do palco.

Apesar da proximidade e do acesso livre que conquistou em diversos círculos de músicos, nem sempre foi fácil trabalhar com astros e seus exigentes empresários. “Para fotografar uma banda ou um artista de renome, é tudo uma questão de usar o bom senso. Tenho minhas regras, que são: não aja como se você fizesse parte da banda e preste atenção ao que faz, especialmente se estiver dentro do palco. Ah, e nunca se intrometa no caminho dos roadies”, explica. Para Preston, conseguir exercer o ofício com ótima qualidade passa por um exercício de entender o modo de agir dos retratados. “Cada banda ou artista tem sua própria personalidade. Eles têm dias bons e dias ruins. É importante sempre se lembrar disso.”

Ter um bom resultado é o objetivo, independentemente das condições. “Quando estou trabalhando, não estou dançando ou curtindo”, garante. “Claro, consigo apreciar uma grande performance, mas não costumo parar o que estou fazendo para ouvir uma música ou ver um guitarrista executando um solo. Não posso perder o foco.” Mas até ele já fugiu dessa regra. “Foi em 1985, em um show do Bruce Springsteen, em Londres”, relembra, quando deixou a câmera de lado para aproveitar o espetáculo do The Boss.

Bastidores Abertos

Livro retrospectivo reúne o melhor do trabalho do fotógrafo no rock

Exhilarated and Exhausted (Reel Art Press) não tem edição brasileira, mas pode ser obtido em livrarias com catálogo importado. Trata-se de uma imersão nas quatro décadas da atuação de Neal Preston dentro do cenário do rock. “Estou feliz com o resultado, especialmente com o texto que escrevi. Acho que capturou minha personalidade”, comenta o autor. Preston conta que escrever foi fácil, mas escolher as fotos se transformou em uma missão complicada, devido ao vasto material. O renomado editor Dave Brolan o ajudou na tarefa. Orgulhoso, o fotógrafo define a essência de Exhilarated and Exhausted: “Quer saber como era conviver com Led Zeppelin ou com o Queen nos tempos áureos? Este livro é o mais perto que você vai chegar disso. Ele tem um conceito. É mais do que uma coleção de fotos bonitas que você já viu antes”.