Nicolas Cage amansava seus demônios e se firmava como campeão de bilheteria
Nicolas Cage segue como um dos atores mais populares e ocupados de Hollywood. Em 1999, ele estrelou Vivendo no Limite, dirigido por Martin Scorsese. A equipe da Rolling Stone foi falar com o ator no set de filmagem. “Nicolas Cage tem uma história atormentada”, escreveu o jornalista Fred Schruers no perfil do artista. “A mãe era esquizofrênica e depressiva e ele cresceu como um rapaz magrelo, esquisito e rejeitado pelas garotas. Achou salvação aos 17 anos quando o tio, o diretor Francis Ford Copolla, o escalou para um papel em O Selvagem da Motocicleta.” O ex-rebelde Cage, na época com 35 anos, já tinha na estante uma estatueta do Oscar pela atuação em Despedida em Las Vegas (1995) e vivia como um pai de família dedicado. “Me livrei da pele daquela figura angustiada. Agora, eu tenho pessoas com quem me preocupar”, afirmou Cage. “Antes, eu vivia a fantasia de
um cara que queria ser sempre imprevisível e assustado.” Vivendo no Limite contava a história de um paramédico e motorista de ambulância cuja vida estava sempre à beira da explosão emocional. A reportagem detalhava como o ator se preparou para o papel difícil e intenso. Cage também aproveitou a ocasião para se defender de ter se “vendido” – alguns colegas, como Sean Penn, insinuavam que ele teria deixado de ser um ator sensível, que antes preferia filmes de arte, para se transformar em um profissional que privilegiava trabalhos comerciais. “Eu sempre quis fazer filmes de ação”, explicou Cage. “Nos meus tempos de criança, era ligado em carros e motocicletas velozes. É uma expressão sincera de minha personalidade.”