Chega ao Brasil mostra interativa sobre o lendário guitarrista
Trinta e cinco anos depois de ter morrido de asfixia, aos 27 anos, Jimi Hendrix ainda é considerado o maior guitarrista da história, fato atestado em todas as votações sobre o assunto realizadas pela Rolling Stone. A partir de 10 de junho, os fãs brasileiros vão poder entrar de cabeça no universo do genial músico norte-americano com a chegada a São Paulo da exposição interativa Hear My Train a Comin’: Hendrix Hits London. A mostra traz 14 alas temáticas que reúnem guitarras do músico, roupas, manuscritos das letras e uma parte da coleção de discos dele, além de outros itens, que estarão expostos no Shopping JK até 31 de julho.
O espólio de Jimi Hendrix é tratado com o maior cuidado e deferência pela empresa Experience Hendrix, que foi fundada em 1995 pelo falecido Al Hendrix, pai do músico. Desde 2002 a companhia tem como presidente a irmã adotiva do artista, Janie Hendrix. “Lembro que quando tinha 6 anos, eu e o Jimi fizemos uma promessa de que tomaríamos conta um do outro. Hoje, eu tomo conta das coisas dele”, relembra Janie. A Experience Hendrix começou reorganizando a discografia dele, lançando os antigos álbuns da maneira que ele tinha idealizado originalmente. Depois, passaram a disponibilizar material inédito. E também iniciaram o processo de juntar todo tipo de coisa sobre o guitarrista. “Essa ação foi a gênese da exposição”, conta Janie. “Sabíamos que existia um grande interesse por ela no Brasil e nos empenhamos em trazê-la”, conclui.
Jacob McMurray, curador do Experience Music Project Museum, em Seattle, explica que os itens selecionados para a exposição representam a essência do guitarrista: “Quando você fala de Jimi Hendrix, a guitarra vem à cabeça”, afirma. “Assim, o público vai poder ver os fragmentos da Fender Stratocaster que ele destruiu e incendiou no Monterey Pop Festival, em 1967. Também traremos outra Stratocaster que fez história: a que Hendrix usou para fechar o festival de Woodstock. Para mim, esta é a guitarra mais famosa do rock.”
McMurray acrescenta que a mostra é, de fato, uma experiência. “Esses objetos têm um enorme impacto emocional. Muita gente será transportada para aquela manhã de agosto de 1969, em Woodstock, quando Hendrix executou ‘The Star-Spangled Banner’ [o hino dos Estados Unidos] de maneira inesquecível.”