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Relembre sete brasileiros que fizeram sucesso no exterior cantando em inglês

Redação Publicado em 24/01/2013, às 18h35 - Atualizado às 18h50

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Galeria Sucesso em Inglês - Capa - Sergio Mendes - AP
Galeria Sucesso em Inglês - Capa - Sergio Mendes - AP

Comecemos pelo básico: Sepultura, o grande e maior nome do heavy metal brasileiro é também, atualmente, o grupo nacional com maior sucesso no exterior. Criada pelos irmãos Cavalera, Max e Iggor (ambos já fora da banda), em 1984, o grupo começou a fazer sucesso na turnê de Arise e chegou ao auge com Roots. Ainda assim, é nome frequente em festivais metaleiros mundo afora.
Seguimos pela pancadaria metaleira, desta vez com o Viper, banda seminal para a criação de uma identidade da cena de música pesada no Brasil. Foi de lá que saiu André Matos, que depois também fez sucesso com Angra, Shaman e em carreira solo (ele esteve presente no Estúdio RS, assista aqui). A banda, formada quando os integrantes tinham 16, 17 anos, estourou no Japão, onde eles venderam o mesmo que gente como Nirvana e Van Halen.
A própria mudança de nome já diz muito: de Cansei de Ser Sexy para CSS. Tudo para ficar mais fácil para os gringos conseguirem anunciar a banda que chegou fazendo estrago nas festas e pistas do exterior – principalmente na Inglaterra. Se a banda, hoje, está em frangalhos, em 2006 o auge estava próximo. O grupo começou sua dançante escalada, assinou com o selo Sub Pop, passou por festivais na Europa e Estados Unidos. "Music Is My Hot Hot Sex" passou a ser usada em publicidades da Apple e elevou a música ao 36º lugar na parada Hot 100 da Billboard norte-americana. Depois, a banda foi perdendo fãs e recebendo mais críticas negativas a cada disco. De qualquer forma, Endino, Lovefoxxx e companhia chegaram lá.
O inglês nunca foi um problema para Bebel Gilberto. Irmã da bossa nova – sim, afinal ambas possuem o mesmo pai, João Gilberto –, ela nasceu em Nova York e passou a vida na ponte aérea Rio-NY. Seu disco Tanto Tempo fez barulho pelos Estados Unidos com uma eletro-bossa e versos ora em português, ora em inglês.
Outro grande nome do metal nacional, os gaúchos do Krisiun são um exemplo de dedicação ao gênero. Surgiram com algumas notas e boas resenhas em revistas especializadas no primeiro disco, Black Force Domain (1995), fizeram shows em condições precárias na Alemanha, foram e voltaram o tempo suficiente para chegar ao ano de 2000 com uma extensa turnê pelos Estados Unidos e Europa. Com a velocidade dos diálogos entre guitarra e bateria, eles conquistaram o espaço vindo do underground e de países do Leste Europeu.
Confirma-se a afirmação de Jack Endino, de que é preciso ter um bom nível de inglês para o sucesso. Mas este exemplo, contudo, è a exceção à regra. Afinal, com o Ratos do Porão já é difícil entender o que João Gordo queria dizer em português. No caso deles, a energia que emana desses gritos e da distorção dos instrumentos é uma mensagem mais direta do que as letras em si. Eles fizeram bastante sucesso pelo Leste Europeu, principalmente no fim dos anos 80 e começo da década seguinte. Ouça aqui Money, de Just Another Crime... in Massacreland, de 1993.
Sérgio Mendes é certamente um dos artistas brasileiros com maior sucesso no exterior. Justamente por ser esperto: se ele não canta lá muito bem em inglês, eles simplesmente coloca outras pessoas para fazerem isso por ele. Com sua banda Brazil' 66, ele tentava manter uma voz norte-americana e outra para cantar em português. Gracinha Leporace, sua esposa desde os anos 70, ocupou o posto de uma das suas cantoras. Dessa forma, dando sempre um jeitinho, ele conquistou Grammy e foi indicado ao Oscar.