Objetos raros e peças nunca antes vistas fazem parte de mostra sobre Renato Russo em São Paulo
Poucas figuras da música brasileira têm o alcance e perduram na idolatria popular como Renato Russo. Após uma série de homenagens no ano passado, quando completaram-se 20 anos da morte dele, o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS) inaugura em setembro uma exposição dedicada ao artista. A curadoria é do ex-diretor da casa e atual secretário de Cultura da cidade, André Sturm. Ele foi contatado por Giuliano Manfredini, filho do artista, quando este viu a exposição de David Bowie no museu, gostou e teve a ideia de fazer algo semelhante para celebrar a trajetória do pai.
Renato Russo, a mostra, também tem direção de arte do Ateliê Marko Brajovic. Giuliano abriu o baú e deu acesso irrestrito ao apartamento onde Russo morou nos últimos dias de vida, no Rio de Janeiro, para que os itens fossem catalogados e adaptados para a exposição. São fanzines, cadernos, instrumentos, fotos, prêmios,
pinturas e muitos outros objetos que documentam e ajudam a contar a história do ídolo de toda uma geração. O fio condutor que une todos os objetos é a narrativa poética do líder do Legião Urbana.
“Outra curiosidade que o público poderá conferir na exposição são as cartas dos fãs”, conta Sturm. “O acervo do MIS catalogou, no apartamento do Renato, mais de mil documentos, entre cartas, cartões, telegramas e bilhetes recebidos por Renato. A relação com os fãs era bem próxima, muitas vezes ele recebia as pessoas no próprio apartamento, atendia telefonemas e até trocava correspondência para indicação de livros.” Veja a seguir, em primeira mão, alguns dos destaques da exposição, que tem pré-estreia em 6 de setembro. Cada item traz um comentário ou curiosidade contada pelo curador.