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Roger Waters faz jam com veteranos de guerra – e fala sobre o próximo disco solo

Andy Greene | Tradução: Lígia Fonseca Publicado em 09/01/2014, às 04h21 - Atualizado em 21/02/2014, às 18h43

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PARCEIROS
Waters toca com veteranos e com o guitarrista G.E. Smith

 - DREW GURIAN
PARCEIROS Waters toca com veteranos e com o guitarrista G.E. Smith - DREW GURIAN

Roger Waters tocou no ano passado junto a mais de 20 veteranos que conheceu no hospital Walter Reed, em Washington. Foi o sétimo evento beneficente Stand Up for Heroes, para veteranos feridos, realizado anualmente pelo jornalista Bob Woodruff (ferido criticamente no Iraque em 2006), e encabeçado toda vez por Bruce Springsteen.

Veementemente contra a guerra, Waters pode parecer ter pouco em comum com os soldados no palco ao seu lado. “Cresci em uma família cristã”, conta o cabo de Infantaria da Marinha norte-americana Timothy Donley, 22 anos, que perdeu as pernas no Afeganistão e se apresentou tocando guitarra com Waters. “Não ouvi muito Pink Floyd.” No entanto, durante semanas de ensaios, o grupo formou um elo. “Obviamente nunca falamos de política”, diz Waters. “Isso seria contraprodutivo – e não se trata disso, mesmo. Trata-se simplesmente de estarmos juntos em uma banda.”

Waters finalizou recentemente a turnê mundial de três anos de The Wall, que passou pelo Brasil e teve 219 apresentações no total. O foco dele agora está no próximo disco solo, que será seu primeiro álbum de rock desde Amused to Death, de 1992. “Não quero revelar muito”, afirma, “mas terminei uma demo ontem à noite e tem 55 minutos. É sobre um velho e uma criança tentando entender por que estão matando crianças”.

O músico jura que a turnê gigante acabou. “Não dá para superar isso”, diz. “Tenho 70 anos – preciso aceitar que não viverei para sempre.” No entanto, Waters não descarta totalmente a ideia de possivelmente revivê-la no futuro. “Nunca diga nunca”, ele afirma com um sorriso. “Acho que existe um público.”