Segundo a organização não-governamental peta, 85% da pele usada na indústria do vestuário vem de fazendas que criam animais de maneira clandestina e sem qualquer espécie de cuidado. Os bichos - chinchilas, raposas e até ursos e cachorros - são abatidos sem preocupação alguma com o sofrimento: alguns têm a pele arrancada enquanto ainda estão vivos; outros são sufocados ou envenenados. A carne que resta nesses animais não é consumida por humanos, então as carcaças acabam como subprodutos de baixíssimo valor econômico.
O debate não é novo, mas também está longe de se tornar obsoleto. No ano passado, o jornal norte-americano The New York Times apurou que as coleções de inverno bateram um recorde de duas décadas, com a quantidade de estilistas que utilizaram peles de animais superando aqueles que não o fizeram.
Mas não é possível culpar somente a indústria da moda. Dentro dela, nomes consagrados como Stella McCartney já assumiram uma postura extremamente clara: não há mais espaço para a crueldade em nome da beleza.
O motivo é bastante simples. Com o advento da pele sintética, não há mais desculpas. Só depende de nossa vontade. Nas páginas a seguir, a Rolling Stone Brasil prova que não há nada a se perder. Se não houver demanda para a pele real, não existirá um mercado.
Veja mais fotos na edição 57, junho/2011