Romântico Vanguardista

Há décadas o inquieto Scott Walker desafi a os padrões da música popular

Paulo Cavalcanti

Publicado em 15/05/2015, às 17h16 - Atualizado às 18h37
<b>GALÃ ALTERNATIVO</b><br> Scott Walker faz pose, em 1967 - Divulgação
<b>GALÃ ALTERNATIVO</b><br> Scott Walker faz pose, em 1967 - Divulgação

Noel Scott Engel nasceu nos Estados Unidos, em Ohio, em 1943. Depois de adotar o sobrenome “Walker”, ele formou o Walker Brothers ao lado dos também norte-americanos John Maus e Gary Leeds. O trio foi para a Inglaterra; eles não eram irmãos, nem ingleses, mas foram parte da chamada Invasão Britânica, gravando baladas que valorizavam a voz excepcional de Scott. Em 1967, o artista se lançou em uma carreira solo de sucesso, interpretando canções de um romantismo intenso, mas que traziam temas mórbidos. Acabou se tornando um dos maiores influenciadores de um artista que faria história pouco tempo depois: David Bowie.

Além de composições próprias, Walker também dava voz a criações do belga Jacques Brel. Na década de 1970, ele prosseguiu gravando pop adulto e country, e após uma breve reunião com Maus e Leeds entrou em uma fase vanguardista na qual começou a gravar material com levada eletrônica. A música dele se tornaria, então, densa e impenetrável. A discografia de Scott Walker – mostrada na íntegra aqui, em ordem cronológica é uma viagem aos limites extremos da canção.