Prêmio Tim laureia os melhores da MPB em noite de poucas surpresas
O Prêmio Tim mantém viva a tradição do extinto Prêmio Sharp, dedicando-se a eleger os melhores da música brasileira. Nesta edição (a quinta sob a chancela da operadora de celular), em 17 de maio último, o homenageado no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi o sambista Zé Ketti, falecido em 1999, compositor de clássicos como "A Voz do Morro" e de trilhas sonoras para filmes de Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues. Os textos apresentados por Camila Pitanga e Fernanda Montenegro foram gancho para os belos números musicais inspirados pela obra de Ketti, interpretados por nomes como Milton Nascimento, Gilberto Gil e Paulinho da Viola. Sobre os prêmios, os já esperados Caetano Veloso, Mutantes, Marisa Monte, Maria Bethânia, Jorge Vercilo, Nelson Freire e Gringo Cardia foram unanimidade nas categorias em que concorreram. Pietà (DVD de Milton Nascimento), Wagner Tiso 60 anos (projeto especial), Marco Zero ao Vivo (de Alceu Valença), Léo Gandelman, João Mulato e Douradinho, Margareth Menezes, Vander Lee, Marcos Tardelli e Cauby Peixoto. Zezé DiCamargo e Luciano não tinham concorrentes no quesito "Melhor Dupla de Canção Popular". Sinal dos tempos: a categoria Truetone. O patrocinador não poderia deixar de premiar um dos formatos musicais cujas vendas ainda estão em franca ascensão. Deu Bruno e Marrone.
As surpresas ficaram por conta dos prêmios dados às Chicas, Hamilton de Holanda, Memória em Verde e Rosa, Mario Adnet, Sergio Mendes, Zé Renato, Rio Maracatu, e do reconhecimento de Dominguinhos e de Patife. No final das contas, o saldo foi positivo - pouca solenidade, muita música e ótimas novidades entre a consolidação de nomes já consagrados.
E novidade é sempre um bom sinal.