Sucesso improvável na TV, Henrique Fogaça se divide entre cozinhas e palcos – e garante que a postura feroz não é pose
Relaxado em uma aparentemente confortável poltrona, Henrique Fogaça mantém os pés sobre a mesa, no mezanino do requintado restaurante do qual é dono, na zona oeste de São Paulo. Com o corpo adornado por tatuagens e uma ches que vendia na rua quando começou na profissão. “Na faculdade, a escrota da diretora olhou um prato meu e falou: ‘Que coisa horrível! Você caiu de paraquedas aqui’”, relembra.
Com postura um tanto bruta, ele adquiriu fama de carrasco atuando como jurado do MasterChef, reality show de competição culinária de sucesso inesperado exibido pela Bandeirantes.
“Não faço personagem, sou do jeito que sou”, ele garante. “Aquilo é uma extensão da minha cozinha.” Inquieto, além do restaurante, Fogaça comanda dois bares e uma feira ao ar livre, amenizando a pose de mau com um cardápio sofisticado – bem diferente dos lanches que vendia na rua quando começou na profissão. “Na faculdade, a escrota da diretora olhou um prato meu e falou: ‘Que coisa horrível! Você caiu de paraquedas aqui’”, relembra.
O apelo de Fogaça no MasterChef (ele já está confirmado na segunda temporada do programa) vai além dos dotes culinários. Para o público, é curioso ver que um chef renomado pode ser, por exemplo, vocalista de uma banda de hardcore. O Oitão, grupo liderado por Fogaça, deve lançar disco em 2015. As duas profissões, segundo ele, andam juntas. “Isso é a minha vida. É como [montar] um prato: vou fazendo o que gosto sem ter preguiça”, afirma. “E assim as coisas vão acontecendo.”