Depois do repouso forçado, Paul McCartney volta à estrada e desmente boatos de aposentadoria.
Em maio, quando Paul Mc-Cartney cancelou ou adiou 12 shows da turnê mundial Out There – citando recomendações médicas de repouso após ter sido brevemente hospitalizado em Tóquio por causa de um vírus misterioso –, muitos fãs ficaram preocupados. McCartney não ficou. “As pessoas me diziam: ‘Oh, deve ter sido terrível para você’. Bem, na verdade, não”, conta o ex-beatle. “Ninguém nunca me manda descansar! Foi como as férias de verão do tempo da escola ou coisa parecida.”
Depois de um tempo de repouso na Inglaterra, ele decidiu se divertir um pouco no estúdio. Primeiro começou brincando com sintetizadores no programa de áudio Cubase, que já usava há anos para trabalhar em composições orquestradas. “É incrivelmente viciante”, diz. Depois de uma semana, já tinha duas faixas instrumentais dançantes: uma delas com o título provisório “Mombasa” e uma outra, mais rápida, chamada “Botswana”.
A lenda de 72 anos diz que não tem nenhuma intenção imediata de lançar essas faixas. Em vez disso, elas se juntarão a uma pilha cada vez maior de músicas inéditas. “Tenho muitas canções que compus e algumas outras que já terminei”, ele revela. “Está tudo guardado para diversões futuras. Eu estava conversando sobre isso com Joe Walsh , e ele disse: ‘Quando a gente faz de bobeira, é quando se diverte mais. Faz bem para a alma’. E eu concordo.”
Apesar do susto com a própria saúde, McCartney diz que não está pensando em se aposentar. “Quero tudo. Tenho uma vida ótima em casa e uma vida ótima na estrada – não é como na época em que a gente tinha que pegar ônibus na rodoviária”, afirma, animado. “Tem gente que me pergunta se não me canso. São shows de três horas de duração e fico no palco o tempo todo. Mas me
sinto cheio de energia. E gosto disso. Por isso a resposta para a pergunta ‘Você vai se aposentar?’ é ‘Quando eu achar que devo’. Mas hoje não.”