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Será que Agora Vai?

Biógrafo do Guns n' Roses garante: "Chinese Democracy é muito bom!"

Paulo Terron Publicado em 08/11/2007, às 20h41 - Atualizado em 17/12/2007, às 17h35

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O Guns n' Roses, antes da fama, posa no Canter's Deli, da família do biógrafo Marc Canter - Canter's Deli
O Guns n' Roses, antes da fama, posa no Canter's Deli, da família do biógrafo Marc Canter - Canter's Deli

A vida de Marc Canter poderia ser tranqüila. A família dele é dona do Canter's Deli, um restaurante que funciona há mais de 75 anos em Los Angeles. Mas, no começo dos anos 80, ele ficou amigo de um britânico chamado Saul Hudson. "Na verdade, ele tentou roubar a minha moto", explica Canter. "Quando ele me reconheceu da escola, veio falar comigo." Algum tempo depois, Saul mudaria seu nome para Slash e se tornaria o guitarrista solo do Guns n' Roses.

Esperto, Canter começou a tirar fotos e gravar tudo o que a banda (então iniciante) fazia. O resultado está compactado no livro Reckless Road - Guns n' Roses and the Making of Appetite for Destruction (sem previsão de lançamento no Brasil).

Canter presenciou tudo: o dia em que Axl Rose e Slash se conheceram ("Pagamos US$ 1 para ver o show da banda dele") e até sustentou a galera nos momentos de perrengue ("Eu dava dinheiro para fazerem os flyers, comprarem comida e equipamento").

A amizade com os integrantes continuou - tanto que Axl até mostrou a Canter o seu maior segredo, o já lendário álbum Chinese Democracy. "Ele me levou ao estúdio e tocou músicas novas várias vezes. Ele me mostrava vários solos de guitarra para eu opinar sobre qual era melhor."

O escritor revela que o novo Guns n' Roses (já sem Slash e os outros integrantes originais desde o meio dos anos 90) tem pelo menos 50 músicas compostas. "Ouvi umas 25 ou 30 - essas são as que empolgaram mesmo o Axl." E qual o motivo de tanto adiamento? "O lance é o seguinte: cada vez que um integrante novo entra para a banda, o Axl fica empolgado e quer regravar o disco. Ele se apega aos músicos. Isso ajuda a atrasar tudo." Esse problema parece ter sido solucionado, já que Canter diz ter ouvido uma versão finalizada e mixada do trabalho, em agosto de 2006. "Eram 12 ou 13 canções. E era muito bom: pesado, cru... Fiquei impressionado."

O principal empecilho agora parece ser contratual. "Eles tiveram um problema com o empresário anterior, que deveria ter renegociado o contrato com a gravadora. Foi isso que segurou o lançamento", conta, referindo-se à última data anunciada oficialmente para o lançamento: 6 de março de 2007. A história do livro de Canter - que reúne fotos e entrevistas com os integrantes, roadies, produtores e amigos, além de vídeos e áudio no site oficial da publicação - corre em paralelo à de Chinese Democracy. "Terminei a primeira versão em 1994. Aí o meu agente na época disse: 'Vamos lançar quando sair o próximo álbum do Guns. Obviamente, isso não aconteceu até hoje..."