Estes são os fatos: Aos 31 anos, a norte-americana Serena Williams é a jogadora de tênis número 1 do mundo. A russa Maria Sharapova é a número 2. Maria é alta, branca e loira e, por isso, ganha mais dinheiro em patrocínios do que Serena, que é negra, linda e tem o corpo de um robô gigante, pronto para destruir tudo que estiver no caminho dela. Há nove anos Sharapova não derrota Serena.
Ainda assim, há um grande fantasma rondando a carreira de Serena. Por quanto tempo mais ela conseguirá jogar no mesmo nível que joga hoje? Ela tem uma estratégia para se aposentar? Recentemente, ela teve um diálogo interno consigo mesma – e a conversa não acabou bem. “Tive um ataque de pânico”, ela conta. “Fiquei tipo: ‘Não faço ideia do que farei depois’.” E há outras coisas também, como a ânsia por ter um filho enquanto o relógio biológico não para. "Pensei seriamente em congelar meus óvulos - sem brincadeira. Pensei, mas, com todos os testes antidoping, se você faz isso, o resultado pode acusar positivo ou algo assim. Talvez eu pesquise sobre o assunto de novo.” Ela quer disputar as Olimpíadas então tem pelo de 2016, no Rio de Janeiro, menos três anos à frente.
Por enquanto, as preocupações de Serena são mais mundanas. Como o tempo que divide entre a mansão dela em Palm Beach Gardens (na Flórida), Los Angeles e Paris – sendo que boa parte dos últimos dois anos foi passada na cidade francesa. “Perdi na primeira rodada [do torneio] de Roland-Garros, no ano passado, e decidi ficar”, explica. Foi pela derrota? Ela ri de forma triste antes de responder. “Não, eu passei por uma separação difícil e não queria estar no mesmo país que o cara.”