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Sigla de pe trabalho adiante

Após hiato de dez anos, RZO prepara disco de estúdio

Thiago Neves Publicado em 07/08/2015, às 18h43 - Atualizado em 12/08/2015, às 15h51

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(Da esq. p/ a dir.) Calado, Negra Li, DJ Cia, Helião e Sandrão (RZO) - Willian Alves/ Divulgação
(Da esq. p/ a dir.) Calado, Negra Li, DJ Cia, Helião e Sandrão (RZO) - Willian Alves/ Divulgação

“O rap tem a responsabilidade de denunciar”, afirma Helião. O RZO, grupo no qual o rapper se reúne com Sandrão, Negra Li, DJ Cia e Calado, faz parte da história do hip-hop no Brasil. Após o hiato de uma década, os integrantes preparam um disco de inéditas – o primeiro em 12 anos. “Buscamos referências tanto brasileiras quanto de fora do país. É um desafio, queremos produzir algo com a cara do RZO, mas que ao mesmo tempo seja atual”, explica Cia.

Nascido no bairro paulistano de Pirituba, o Rapaziada da Zona Oeste sempre teve um compromisso claro com a denúncia da opressão social. “Quem não sofre tem que

estar ciente do sofrimento alheio”, decreta Helião. “O movimento hip-hop sempre foi porta-voz da periferia, lutando contra a injustiça social. Exatamente por isso tem

um papel importantíssimo na formação da opinião dos jovens”, complementa Negra Li. Entre o ânimo e a preocupação, os artistas entendem o valor político da arte.

“O que não falta é assunto para se falar, infelizmente”, analisa Sandrão. Helião vai além: “Mas a musicalidade é essencial, sem a arte não se vai longe, independentemente da mensagem”.

Após a separação do RZO, em 2005, todos os integrantes se mantiveram ativos em carreiras solo. Os músicos garantem que o retorno do grupo não irá comprometer

os outros projetos. “Sempre trabalhamos juntos, mesmo com a separação. Isso não vai mudar”, afirma Sandrão. Apesar de toda a empolgação, os integrantes ressaltam que a nova-velha banda precisa de tempo. “Nossas vidas são turbulentas, vamos ter de aprender a administrar as tarefas. Estamos muito felizes, o reconhecimento é sempre maior quando estamos próximos à sigla”, finaliza Cia.