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A Sina do Aventureiro

Nevilton lança o disco Adiante antes de partir para a Itália

José Flávio Júnior Publicado em 24/02/2018, às 11h39 - Atualizado às 11h40

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<b>De Mudança</b><br>
Com disco novo na praça, Nevilton ficará um tempo na Itália, mas não se esquecerá dos fãs e amigos brasileiros
 - Arquivo Pessoal
<b>De Mudança</b><br> Com disco novo na praça, Nevilton ficará um tempo na Itália, mas não se esquecerá dos fãs e amigos brasileiros - Arquivo Pessoal

A trajetória de Nevilton de Alencar e da banda que leva seu primeiro nome é cheia de destinos, andanças e mudanças. Natural de Umuarama, no interior do Paraná, ele firmou os primeiros passos musicais quando morava em Los Angeles, em 2007. Ao regressar dos Estados Unidos, deu um gás no grupo e, a bordo de “Átila, o Uno” (apelido do automóvel usado pelos músicos), rodou o país, tocando em quase todos os estados brasileiros. Já estabelecido em São Paulo, lançou no fim de 2017 o terceiro disco da carreira, Adiante. Mas uma alteração na rota fará com que os shows de divulgação do álbum por aqui só aconteçam no fim deste ano. Motivo: ele acaba de se mudar para Roma.

Nevilton acompanha a esposa, que conseguiu um mestrado na capital italiana. “Assim que me estabelecer, vou começar a fazer meu barulho pela Itália”, promete ele, que também é capaz de se apresentar sozinho, com a ajuda de uma loop station, na qual grava e dispara sons ao vivo. Também há planos de produzir videoclipes para faixas de Adiante e de participar virtualmente de projetos com músicos brasileiros (ele vinha tocando na banda de André Frateschi e com o duo Vespas Mandarinas). “Vejo essa mudança como uma oportunidade de ter novas inspirações. E minha pegada sempre foi de aventureiro. Seja pela história de sair fazendo shows Brasil afora, seja por passar os últimos anos em São Paulo, que é uma cidade voraz, ainda que tenha sido muito gentil nas possibilidades de trabalho.”

Com sua mensagem de perseverança, Adiante teve boa aceitação entre os fãs – em especial, faixas como “Melhorar”, que insistem na ideia de que tudo dará certo no final, uma tônica do grupo desde o EP de estreia. “Além da questão da esperança por si só, há todas essas mudanças pelas quais estamos passando, inclusive politicamente. Está todo mundo tendo de dar seus pulos”, observa Nevilton, que também precisou se virar para colocar o disco na praça, usando o dinheiro conquistado executando covers em bares e restaurantes paulistanos. “No primeiro álbum, ainda morava com meus pais. Para fazer o segundo, contamos com um prêmio de empresa privada. Já este novo foi na raça, gravado para não deixar a peteca cair mesmo.”

Com percalços e desvios na estrada, Nevilton segue... adiante. “Não é o fim de nada! Quero ver isso como uma expansão. Daqui a pouco, já estarei no Brasil outra vez, fazendo mais música, mais confusão e mais bagunça com toda a turma.”