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Sinéad O’ Connor: dez canções para mostrar o quão importante é a cantora irlandesa

Redação Publicado em 11/08/2017, às 20h03 - Atualizado às 20h07

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Sinéad O' Connor - horizontal - ASSOCIATED PRESS
Sinéad O' Connor - horizontal - ASSOCIATED PRESS

“Mandinka”

Em novembro de 1987, Sinéad O’Connor lançou The Lion and the Cobra, o disco de estreia. O trabalho já revelava as inspirações dela, como a poesia de Leonard Cohen, a pegada do punk rock e, é claro, a atmosfera mística das músicas celta e irlandesa. “Mandinka”, com um pique mais roqueiro, foi lançada como single, e o vídeo, depois de ser exibido em alta rotação na MTV, ajudou a canção a se tornar um hit.


“I Want Your (Hands on Me)”

Um das faixas que ajudou a puxar a estreia The Lion and the Cobra, “I Want Your (Hands on Me)” começou a tocar nas rádios depois que foi incluída na trilha de A Hora do Pesadelo 4: O Mestre dos Sonhos. Hoje, pode parecer incongruente que uma música de Sinéad tenha feito parte de um filme de horror estrelado pelo serial killer Freddy Krueger, mas “I Want Your (Hands on Me)”, com sonoridade radiofônica da década de 1980, também ganhou brilho devido à participação da rapper pioneira MC Lyte.


“Jump in the River”

Lançado em março de 1990, I Do Not Want What I Haven't Got, segundo disco de Sinéad, a tornou uma grande estrela. Ela nunca se sentiu confortável neste papel, mas com o êxito do álbum tinha condições de atingir milhões de pessoas e, assim, expor o que sentia e pensava. O eletropop “Jump in the River” foi o primeiro single do lançamento.


“Nothing Compares 2 U”

O maior sucesso do milionário I Do Not Want What I Haven't Got não foi escrito por Sinéad. “Nothing Compares 2 U”, de Prince, saiu como segundo single do trabalho e vendeu milhões de cópias em todo o mundo. Sinéad falou a uma rádio norueguesa que se encontrou uma vez com Prince e que eles acabaram brigando, inclusive se agredindo fisicamente. Prince negou tudo. Em 2004, ela explicou que a história toda foi exagerada pele imprensa e que Prince “era um cara muito doce”.


“Gloomy Sunday”

Depois do sucesso de I Do Not Want What I Haven't Got, Sinéad confundiu as expectativas ao vir com Am I Not Your Girl? , um disco de jazz. Nele, a cantora regravou standards e negligenciou seu lado autoral. Sem sonoridade pop, não era um trabalho comercial. No repertório do álbum, gravou a mórbida “Gloomy Sunday”, uma das mais conhecidas canções sobre suicídio.


“How Insensitive”

Outro destaque de Am I Not Your Girl? foi esta versão para “Insensatez”, clássico de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, com letra em inglês de Norman Gimbel. Na voz da irlandesa, a canção ganhou um clima etéreo e discretamente sensual.


“Fire on Babylon”

Sinéad caiu em desgraça após o famigerado episódio no programa Saturday Night Live, quando, no dia 3 de outubro de 1992, ela rasgou ao vivo uma foto do Papa João Paulo II. Por causa disso, as rádios pararam de tocar as canções dela, e Universal Mother não teve a merecida repercussão. Mas ela ainda tinha uma boa base de fãs, o que garantiu que o trabalho vendesse um milhão e meio de cópias. O álbum não teve nenhum hit; os destaques são uma cover para “All Apologies”, do Nirvana, e o climático single “Fire on Babylon”.


“This is a Rebel Song”

Esta poderosa faixa, lançada no EP Gospel Oak (1997), usa um relacionamento amoroso como metáfora para falar dos conflitos entre Irlanda e Inglaterra. Sinéad aponta que, sem diálogo e compreensão, a violência poderá ressurgir a cada momento.


“I Don't Know How to Love Him”

Um dos pontos altos do musical Jesus Cristo Superstar, “I Don't Know How to Love Him” foi gravada por Sinéad no álbum duplo Theology (2007). Na peça, a canção é interpretada por Maria Madalena, que revela sentir atração por Jesus Cristo. A voz de Sinéad amplifica os conflitos religiosos dos versos.


“The Vishnu Room”

O mais recente trabalho de Sinéad é I'm Not Bossy, I'm the Boss (2014). Apesar de as letras ainda tratarem de temas pessoais, o som se revelou mais pop e menos descomplicado. A crítica louvou o álbum como um retorno dela aos tempos em que era mais acessível. Uma das melhores faixas é a atmosférica “The Vishnu Room”.