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Solidão Conceitual nos Tempos Modernos

Sensual, projeto Maximum Hedrum aborda as relações na era da tecnologia

Patrícia Colombo Publicado em 15/03/2013, às 15h34 - Atualizado às 15h36

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<b>ESTILO</b> Green e Spiegel soam diferentes - Divulgação
<b>ESTILO</b> Green e Spiegel soam diferentes - Divulgação

Em tempos de relações pessoais cada vez mais inseridas no universo tecnológico, nada mais comum que crescentes reflexões sobre o assunto apareçam – até no universo musical. E é esse o principal ponto abordado no disco conceitual de estreia do Maximum Hedrum, projeto de Sam Spiegel (N.A.S.A) e Derrick Green (Sepultura). “As pessoas estão se tornando cada vez mais introvertidas, passando mais tempo com seus aparelhos do que com outros indivíduos”, diz Spiegel. Green complementa: “Interagir com alguém pela internet não é a mesma coisa que estar frente a frente. Há muita solidão hoje”.

A dupla se conheceu em 2007, mas só foi iniciar as gravações do projeto quase quatro anos depois – a demora para a finalização do material se deveu à agenda cheia de compromissos dos dois integrantes. Com produção do alemão Harold Faltermeyer, conhecido por ter trabalhado com Donna Summer e Patti LaBelle, o álbum tem a interferência clara de música eletrônica com sintetizadores, efeitos e camadas, mas também pegadas menos óbvias da sensualidade do soul, tanto nas letras quanto em alguns vocais. Este último ponto, aliás, traz duas novidades: trata-se do primeiro projeto em que Spiegel canta e no qual Derrick Green, predominantemente, não grita; enquanto o integrante do N.A.S.A. sempre optou por se esconder na produção, Green ganhou notoriedade por sua força gutural no Sepultura. “Vejo influências muito diferentes nesse trabalho e vi uma oportunidade de explorar isso”, diz Green. “A ideia toda era fazer algo que fosse natural, mas ao mesmo tempo novo. Pensei muito sobre o projeto, mas nunca houve medo. É um lado meu que as pessoas vão conhecer agora.”