Em primeiro CD desde 2003, O Rappa reaprende a caminhar sem Tom Capone
Foram necessários 16 anos para que O Rappa conseguisse colocar em um CD exatamente o que seus integrantes queriam. Desde que assinaram contrato com a Warner, os músicos vinham aprendendo a caminhar com produtores experientes como Liminha (Rappa Mundi, 1996) e Chico Neves (Lado B Lado A, 1999). Mas foi Tom Capone (Instinto Coletivo, 2001, e O Silêncio Q Precede o Esporro, 2003) que se tornou o guru de Marcelo Falcão (voz e violões), Lobato (bateria e teclado), Xandão (guitarra) e Lauro Farias (baixo). Mas, com a morte do produtor, em 2004, eles se viram forçados a dar um grito de independência. Sete Vezes é o resultado de cinco anos de amadurecimento e informação musical acumulada.
"A gente arrumou outro Tom, o Sabóia", brincou Falcão, referindo-se a um dos produtores do disco (os outros são Ricardo Vidal e o próprio Rappa). "A perda do Tom foi como um tapa nas costas: 'Agora é com vocês'. Tínhamos 100 músicas, que viraram 40. Aí, vieram meu irmão [Vinicius Falcão], Marquinhos [Lobato, irmão do baterista] e Marcelo Lobato colocando idéias, enquanto Xandão picotava aqui, Lauro ali... Sem sermos tolhidos".
Foram necessárias três horas para que Falcão chegasse para a entrevista no Cinemathèque JamClub (RJ). Às 18h, começamos a falar sobre o disco, que só pôde ser ouvido na sede da Warner: o CD não ficou pronto e a gravadora não liberou uma cópia para a audição prévia.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 23 da Rolling Stone Brasil, agosto/2008