No primeiro disco solo após a saída do Titãs, Paulo Miklos quer “sonoridade local”
O ano de 2016 foi intenso para Paulo Miklos: ele descobriu a vocação para o teatro, estreou como jurado do X Factor Brasil e fez sucesso no cinema como o vilão de Carrossel 2 – O Sumiço de Maria Joaquina. No meio disso tudo, juntou as panelas com a produtora Renata Galvão e saiu oficialmente do Titãs, após 34 anos com a banda. Foi um momento de reinício para Miklos. “Quando comecei a refletir sobre esse disco, sentei com o violão e pensei: ‘Esse instrumento é tão brasileiro!’ Então, comecei a desenvolver o desejo de fazer um disco com uma sonoridade local”, explica. “Na minha história, embora o rock and roll fosse a linha mestra, sempre fiz música brasileira, cantada em português. O meu desejo é de fazer um disco que tenha essa marca.”
Para começar, Miklos cercou-se de pessoas para o ajudarem em tal tarefa: Pupillo, baterista do Nação Zumbi, na produção, e o jornalista e pesquisador Marcus Preto na direção musical. Todas as faixas do álbum são inéditas, sendo algumas em parceria (Emicida, Dadi Carvalho e Erasmo Carlos estão na lista de convidados; trabalhar com o último foi, segundo Miklos, a “realização de um sonho”). “Estou compondo com muita gente bacana. Essa minha capacidade de transitar por estilos diferentes e a vontade de abrir novas parcerias e um diálogo se transformaram na tônica do disco.”
Algumas das canções são bastante confessionais, como “Estou Pronto”, com Guilherme Arantes, mas também há espaço para leveza, caso da divertida “Vigia”, com letra de Russo Passapusso (BaianaSystem). “O disco fala do amor e da vida. Renata é a grande inspiração”, derrete-se o artista. Os ex-Titãs Arnaldo Antunes e Nando Reis também foram chamados para colaborações, mas até o fechamento desta edição a participação deles ainda não havia sido confirmada.
Álbum Título indefinido
Previsão Junho ou julho