De família musical, Bruna Caram tenta se acostumar à fama
Apesar de aparentemente ser uma garota como tantas outras, Bruna Caram não é o que parece. Aos 21 anos, estudante universitária - cursa Licenciatura em Música na Unesp, em São Paulo -, tem sua turma de amigos, cai nas baladas, se diverte. O que a diferencia, no entanto, é o fato de ser uma revelação da música nacional. Seu primeiro CD, Essa Menina (2006/Dabliú), faz sucesso nas rádios especializadas em MPB e foi lançado no Japão, onde a faixa-título transformou-se em uma das mais pedidas na rádio J-Wave.
Graças à influência da família - seus tios criaram o grupo de serestas Trovadores Urbanos -, Bruna começou a cantar aos 9 anos nos Trovadores Mirins, que animavam festas infantis. Aos 15, foi para a 'divisão principal' dos Trovadores, permanecendo até os 19, quando gravou o CD. "Cantei em festas, batizados, botecos. Aprendi muito."
Além da MPB, Bruna passou pela indefectível fase de Sandy & Júnior, Backstreet Boys e das divas de vozeirão como Mariah Carey. Depois, descobriu o jazz de Billie Holiday e Ella Fitzgerald. Passou por Elis e pelas tias Ana Caram e Lucila Novaes. Hoje, se diz interessada em Edith Piaf.
O repertório de Essa Menina é permeado por baladas, blues, pop e bossa, com destaque para "Um Blues" e "Essa Menina", as quais vêm obtendo boa receptividade. A cantora, porém, não se acostuma ao assédio dos fãs. "Passei o Carnaval em Recife e uma fã me reconheceu de costas por causa da uma tatuagem na nuca. Depois, me mandou uma foto com uma placa que carregou durante os desfiles dos blocos, com os dizeres: 'Bruna Caram, cadê você?'. Isso é muito estranho pra mim." E o futuro? "Futuro é futuro, mas sei que tem que ser com muita música", decreta.