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Uma festa instantânea

Em noites pautadas pela diversidade, festival em Curaçao confirma o brilhantismo de Bruno Mars

Paulo Cavalcanti Publicado em 17/10/2014, às 10h12 - Atualizado às 11h38

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<b>Sob o céu do Caribe</b> <br>
Estas foram algumas das atrações que brilharam nos diversos palcos da quinta edição do North Sea Jazz Festival, em Curaçao. O evento reuniu nomes de sucesso do jazz, pop e soul, como Nile Rodgers, do Chic. - Jacson Vogel
<b>Sob o céu do Caribe</b> <br> Estas foram algumas das atrações que brilharam nos diversos palcos da quinta edição do North Sea Jazz Festival, em Curaçao. O evento reuniu nomes de sucesso do jazz, pop e soul, como Nile Rodgers, do Chic. - Jacson Vogel

A quinta edição do North Sea Jazz Festival se destacou não apenas pela pitoresca paisagem da ilha de Curaçao, banhada pelo mar do Caribe, ainda que seja território holandês. Inúmeras vertentes musicais, como soul, música africana, jazz e pop latino, fizeram parte da programação dos dois dias de festival, em 29 e 30 de agosto.

Apesar da presença de inúmeros superastros e de nomes que marcaram época, a grande atração foi mesmo Bruno Mars, que cantou na segunda noite. No primeiro dia, Seun Kuti, filho de Fela Kuti, apareceu com a banda Egypt 80 e destilou uma bela mistura de afrobeat e pop africano no palco Sir Duke, localizado à beira das águas caribenhas. Enquanto isso, Nile Rodgers e o Chic abriam os trabalhos no palco principal, o Sam Cooke. Rodgers e a nova versão da banda dele resgataram sucessos dos tempos da disco music, entre eles hits como “Le Freak” e “I Want Your Love”. “Estas canções são todas coisas minhas”, disse o guitarrista antes de executar faixas que escreveu para Madonna, Duran Duran, Sister Sledge e outros.

Além da música na praia, o North Sea Jazz também promoveu o palco Celia, em um teatro fechado. Foi lá que Smokey Robinson relembrou as baladas e o balanço da Motown, com “The Tracks of My Tears” e “Tears of a Clown”. Em paralelo, a inglesa Joss Stone recebia um bom público próximo dali, entoando hits como “Right to Be Wrong” e “Super Duper Love (Are You Diggin’ on Me)”. No time dos veteranos, Rod Stewart ocupou o palco principal e fez uma viagem nostálgica pelas décadas de 1970 e 1980 com canções marcantes como “Sailing” e “Da Ya Think I’m Sexy?”. Apesar da veia pop (a primeira noite fechou com uma fileira de hits do Maná), também houve espaço para o jazz mais tradicional, com a apresentação da cantora Dianne Reeves.

O primeiro destaque do dia seguinte foi o folclórico cantor e pianista Dr. John, que, ao lado da banda The Nite Trippers, levou o espírito de Nova Orleans a Curaçao, tocando jazz e blues com uma vibração de vodu. Também no palco Celia, o norte-americano Boz Scaggs relembrou o pop adulto de décadas passadas, incluindo no repertório o grande hit “Lowdown”.

Janelle Monáe mostrou o quanto é energética, executando canções dos álbuns The ArchAndroid (2010) e The Electric Lady (2013). Mas por volta das 23h30 as cercanias do palco Sam Cooke ficaram todas tomadas, já que Bruno Mars iria se materializar, em apresentação da Moonshine Jungle Tour. O cantor norte-americano nascido no Havaí é ouro pop: ele canta como Michael Jackson e toca como Prince. Mars é o astro de um show dançante, para cima. Por cerca de uma hora e meia, hits como “Just the Way You Are” e “Treasure” foram cantados com entusiasmo pelo público.

O encerramento do North Sea Jazz ficou com o balanço da soulwoman Chaka Khan, dona dos hits “Tell Me Something Good” e “I’m Every Woman”, mas muita gente já havia ido embora satisfeita com a apresentação de Mars. Resta esperar que o cantor, que esteve no Brasil em 2012, volte para apresentar a atual turnê e comprovar que é, hoje, um dos maiores nomes em atividade no pop.