Álbum: Ainda sem título
Previsto para: setembro
Se o Vampire Weekend está preocupado em igualar o sucesso de seu álbum de estreia, de 2008, que fez deles os príncipes vestidos de polo do indie rock, a banda não demonstra. Estirados em sofás no confortável Treefort Studios, no Brooklyn, onde têm trabalhado no disco novo desde janeiro, eles estão brincalhões e relaxados, e até se permitem um momento de arrogância. "Estamos levando o que fizemos no primeiro álbum para um nível acima", diz o vocalista Ezra Koenig. O disco de fato retoma o ponto onde parou: as influências afropop da banda reaparecem mais bem digeridas, enquanto as canções navegam num leque mais variado e dinâmico, variando de misturas punk frenéticas ("California English") a baladas profundamente explosivas ("Taxi Cab").
Como sempre, as letras de Koenig viajam obliquamente entre referências da alta intelectualidade a outras nem tanto: sobre o contraponto polirrítmico de guitarras e sons computadorizados de "White Sky", Koenig descreve uma visita ao MoMA de Nova York como uma viagem "à pista de skate [do escultor] Richard Serra". "Quando compusemos o primeiro álbum, todos tínhamos empregos", diz o baixista Chris Baio. "Desta vez estamos muito mais focados."
Os arranjos são firmes e certeiros como sempre, com algumas viradas novas: 808 beats duros e chapados, e a bateria de Chris Tomson frequentemente emitindo uma quebradeira vigorosa. "Precisei sentar a mão!", ele diz. Sutilmente, a luta de classes segue sendo tema. O álbum deve sair em julho, mas a banda ainda está fazendo experimentações com os arranjos. "Estamos trabalhando duro", diz Batmanglij. "Talvez quando terminarmos eu tenha tempo para ouvir o disco na costa do Pacífico."