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Vibrações verdadeiras

A sensibilidade sonora de Bob Marley and The Wailers ainda expande almas e mentes

Paulo Cavalcanti Publicado em 12/02/2015, às 11h14 - Atualizado às 14h58

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<b>O leao do reggae</b>

Marley, entre a espiritualidade e a militância.
<b>O leao do reggae</b> Marley, entre a espiritualidade e a militância.

Durante décadas, a música produzida na região do Caribe foi tratada como algo exótico e segmentado. Mas quando Bob Marley, acompanhado pelos Wailers, explodiu mundialmente, em meados dos anos 1970, a relação mudou. O reggae deixou de ser uma mera curiosidade e se misturou à música pop. Marley foi o ponta de lança dessa revolução sonora e comportamental.

Com base na vida que teve no país onde nasceu e cresceu, a Jamaica, Marley deu voz aos desprivilegiados do Terceiro Mundo. O som que ele e sua banda faziam se tornou universal: africanos, asiáticos e latinos sentiram uma conexão imediata. Afinal, a visão do músico refletia uma realidade que ele próprio tinha conhecido de perto, cara a cara com a miséria e o racismo. Em meio à degradação, porém, também havia espiritualidade, redenção e boas vibrações: décadas depois de sua morte, ouvir Bob Marley continua sendo uma experiência reconfortante.