VIDAPOP – O Lado Secreto de 2011

Todo mundo fica sabendo quando um músico reclama que saiu feio na foto, mas da parca colaboração na hora da fotografia ninguém sabe. Mas vai saber (e é agora!): fiz uma retrospectiva “proibidona” do que se passou dos palcos para trás em 2011. Sim, amigos, eu estive lá, nos bastidores, e vi o que músico […]

Miguel Sokol

DESLEIXADO  Casablancas nem liga para roupas
<b>DESLEIXADO </b> Casablancas nem liga para roupas - MARCOS ISSA/DIVULGAÇÃO

Todo mundo fica sabendo quando um músico reclama que saiu feio na foto, mas da parca colaboração na hora da fotografia ninguém sabe. Mas vai saber (e é agora!): fiz uma retrospectiva “proibidona” do que se passou dos palcos para trás em 2011. Sim, amigos, eu estive lá, nos bastidores, e vi o que músico nenhum quer que seja visto. Começando pela própria visão do apocalipse, o pescoço da Cyndi Lauper.

Era fevereiro, quando a cantora desembarcou no Brasil e, durante a série de entrevistas concedidas em São Paulo, ficou claro que não foram só seus hits que envelheceram mal. A garota que há 25 anos queria apenas se divertir agora só pensa em esconder o próprio pescoço. Cyndi fez, pessoalmente, todos os cinegrafistas e fotógrafos presentes jurarem que seu “papo” não apareceria nas imagens. E o pior é que ela tinha motivo para tanto, pois graças à sua perseverança, nenhum presente pôde deixar de reparar que seu pescoço parecia uma panqueca.

Dos sete pecados capitais, a vaidade ainda não acometeu Alice Cooper. Ele foi maquiado na mesma sala em que diversas equipes de reportagem esperavam para entrevistá-lo – e nem se importou.

Mas surpreendente mesmo foi a falta de rock em camarins supostamente roqueiros. Como explicar o do Muse no estádio do Morumbi? Luz indireta cor-de-rosa, flores por todos os lados e uma mesa com quitutinhos para comer e somente chazinho para beber (mas chás tão finos e variados que despertariam inveja na sua avó).

O rock ficou mesmo por conta dos Strokes. Julian Casablancas apareceu para uma bateria de entrevistas no saguão de um chique hotel paulistano, desses que preciso é inverter das palavras a ordem para tamanha chiqueza dimensionar. E foi nesse distinto saguão que Julian surgiu, amassado, de óculos escuros e descalço, vestindo – agora vem o melhor – a roupa do show da noite anterior. De limpo nele, só a camisa da nossa seleção que fora jogada ao palco por uma fã e era a sua única peça de roupa “limpa”.

Para quem pensa que o cérebro do Ozzy não é um repolho cozido e que a série Os Osbournes era uma farsa, sinto muito. Flagrei o príncipe das trevas tentando, frustradamente, jogar fora o chiclete que mastigava… em uma mesa de centro. Sim, ele pensou que era um lixo e, ao perceber o papelão, a boca que canta “Children of the Grave” soltou um sonoro “Dãã”.

Em eterna obrigação com a verdade, por mais que essa possa mudar, sinto a obrigação de frisar que nem tudo descrito aqui foi testemunhado por mim. O que eu não vi foi Bubba, meu fiel escudeiro, quem viu. Por exemplo, uma revelação que por acaso desagrade a alguém… bem, essa se m dúvida foi ele.

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