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Sem Paranóia Pop

Conhecido pela mistura de erudito e popular, Vitor Araújo quer fazer diferente

Por Tiago Agostini Publicado em 18/03/2010, às 10h32

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Vitor Araújo: menos pop - LUCIANA OURIQUE / DIVULGAÇÃO
Vitor Araújo: menos pop - LUCIANA OURIQUE / DIVULGAÇÃO

Em 2008, ao lançar seu primeiro disco, Vitor Araújo ficou conhecido como o jovem pianista recifense que tocava uma versão envenenada de "Paranoid Android", do Radiohead. Para o segundo álbum, que ele, agora com 20 anos, pretende lançar em 2010, a fórmula teve uma pequena alteração: não haverá música popular alguma no repertório, apenas canções eruditas - mas com interpretação peculiar. No novo espetáculo, que deve ser dividido em três atos, ele prepara outra novidade: incentivado pelo percussionista Naná Vasconcelos, Araújo desenvolveu uma técnica de utilização de pedais de guitarra acoplados ao piano. "Uso muitos efeitos de loop, até para criar uma percussão junto. Naná ouviu e achou muito bom", revela, dizendo que até sua voz poderá ser ouvida no próximo disco. "Devo usar só se for uma parte sem letra, em que a voz funcione como outro instrumento. Tenho vergonha de cantar, não que eu seja desafinado." Por enquanto, ele mantém um desejo: tocar com o Cidadão Instigado, mas, "sem ser piano, tem que entrar no espírito brega progressivo, tocar um daqueles teclados Casio ou aqueles que você pendura no pescoço".