O pedaço de chão, na esquina da rua 24 de maio com a Praça Dom José de Barros, foi o palco em que floresceu o inicio do movimento hip-hop
Por Luciana Rabassallo
O rap está na mira do Mês da Cultura Independente, que já promoveu durante setembro shows de nomes como Ana Tijoux, Emicida e GZA/The Genius (do Wu-Tang Clan). Desta vez, o festival fará uma grande festa nesta sexta-feira, 26, às 19h, em São Paulo, para inaugurar o “Marco Zero do Hip Hop”.
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O pedaço de chão, na esquina da rua 24 de maio com a Praça Dom José de Barros, foi o palco em que floresceu o movimento hip-hop na década de 1980. Por isso, uma pedra foi assentada no local com os nomes dos dançarinos e precursores deste movimento. Para a comemoração, a velha e nova escola da dança urbana se reúnem para um Baile Black comandado por Nelson Triunfo.
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Um pouco de história
Nos anos 1980, a esquina da rua 24 de Maio com a Dom José foi o ponto de encontro de diversos artistas urbanos que estabeleciam uma convivência através da dança, da música e das artes visuais. Os bailes, que antes aconteciam dentro dos salões como a Chic Show e o Clube Atlético Palmeiras, migraram para as ruas e ganharam novos elementos.
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Para o pernambucano Nelson Triunfo, que é considerado um dos intocáveis do hip-hop no Brasil, essa convivência que ele presenciou é fruto da própria diversidade cultural das pessoas (oriunda de várias cidades do país e do mundo) e culminou com o que conhecemos hoje como a cultura hip-hop.
Veja abaixo o trailer do documentário Triunfo, que conta a história do pernambucano, e veja aqui para uma entrevista com ele publicada na edição 82 da revista Rolling Stone Brasil.