Por Cláudia Boëchat
Demônios da Garoa completa 70 anos de samba. O grupo paulistano nasceu em 1943, tendo na formação inicial Arnaldo Rosa (vocal e ritmo), os irmãos Antônio e Benedito Espanha (tantã e afoxé), Waldemar Pezuol (violão), Zezinho (violão tenor) e Bruno Michelucci (pandeiro). Hoje, os integrantes são: Sérgio Rosa (pandeiro e afoxé), Roberto Barbosa, o Canhotinho (cavaquinho), Izael Caldeira (bumbo), Ricardo Cassimiro Rosa (percussão) e Dedé Paraizo (violão de 7 cordas).
Ricardinho é neto do fundador Arnaldo Rosa e, portanto, a terceira geração de Demônios da Garoa. Há 70 anos os “demônios” mantêm o mesmo tipo de vocal. Brincam com sons e palavras, preservando a tradição que os diferenciou há mais de meio século. Mudam os integrantes, mas o estilo continua sempre o mesmo: “Um vocal harmonizado, com cada um cantando de uma forma”, diz Dedé, o mais novo no grupo. Um estilo tão particular que faz com que o público os identifique logo ao ouvir os primeiros versos de uma canção. Principalmente, se for uma composição de Adoniran Barbosa. Foi cantando Adoniran que conquistaram o Brasil. Vamos ouvi-los:
“Um copo... uma garrafa... um pente”, de Arthur Bernardo, que também foi um dos “demônios”:
“As Mariposa” (Adoniran Barbosa):
“Boneca de Pano” (Assis Valente):
“Iracema” (Adoniran Barbosa):
“No Morro da Casa Verde” (Adoniran Barbosa):
Com Jair Rodrigues, “Mulher, Patrão e Cachaça” (Adoniran e Osvaldo Moles):
Um mix do “Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa, com o próprio, Rita Lee e Demônios da Garoa:
Com Ivete Sangalo, “Trem das Onze” (Adoniran):
“Saudosa Maloca” (Adoniran):
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