RECONHECIMENTO

Caetano Veloso e Maria Bethânia são indicados ao Grammy 2026

Disco ao vivo celebra reencontro dos irmãos nos palcos após 46 anos

Gabriela Nangino (@gabinangino)

Caetano Veloso e Maria Bethânia (Foto: Fernando Young/Divulgação)
Caetano Veloso e Maria Bethânia (Foto: Fernando Young/Divulgação)

Nesta sexta, 7, a Academia de Gravação anunciou as indicações do Grammy 2026. Dentre os nomeados, estão dois astros da música popular brasileira: Caetano Veloso e Maria Bethânia competirão na categoria de Melhor Álbum de Música Global, com seu novo disco ao vivo.

Lançado em maio de 2025, Caetano e Bethânia Ao Vivo possui 33 faixas. Além de incluir grandes sucessos de ambos, como “Alegria, Alegria“, “Reconvexo” e “Gita“, ele também trouxe a música inédita de Caetano “Um Baiana“.

O disco indicado ao Grammy celebra a turnê de 2024 Caetano & Bethânia, que marcou o reencontro inédito dos irmãos nos palcos aos 81 e 78 anos — primeira vez que se apresentaram juntos desde 1978.

A sequência de shows estreou em agosto de 2024, no Rio de Janeiro. O espetáculo passou por arenas e estádios de todo o País entre agosto e dezembro, e retornou à capital carioca para o réveillon na praia de Copacabana.

Um documentário sobre a turnê também está sendo produzido, e será lançado em breve: intitulado Caetano e Bethânia, o longa não abordará apenas as performances, mas também registros dos bastidores e entrevistas exclusivas.

Caetano já venceu dois Grammys anteriormente, com os discos Livro (2000) e João Voz e Violão (2001), ambos de Melhor Álbum de Música Global. Os concorrentes da categoria para 2026 são:

  • No Sign of Weakness, do rapper nigeriano Burna Boy
  • Sounds Of Kumbha, do cantor indiano Siddhant Bhatia
  • Eclairer le monde, Light the World, do senegalês Youssou N’Dour
  • Mind Explosion, da banda de jazz Shakti
  • Chapter III: We Return To Light, da britânica Anoushka Shankar em parceria com Alam Khan e Sarathy Korwar, artistas de origem indiana

Sobre o Grammy

Mais prestigiosa premiação da indústria musical do mundo, o Grammy avalia a proficiência técnica e a excelência artística em diversas categorias musicais — abrangendo os mais variados gêneros. Conhecida como o “Oscar da música”, a cerimônia é assistida por milhões de pessoas em vários países.

O evento foi fundado em 1958, e sua primeira edição ocorreu em 1949, e selecionou 28 categorias. Em 1965, o Brasil alcançou o feito inédito de vencer duas das quatro principais categorias: Gravação do Ano (“The Girl from Ipanema”, com Astrud Gilberto e Stan Getz), e Álbum do Ano (Getz/Gilberto, com João Gilberto e Stan Getz). Porém, a primeira transmissão televisiva ao vivo aconteceu em 1971.

Ao longo da história, nomes como Tom Jobim, Eumir Deodato, Sérgio Mendes e Milton Nascimento também já levaram estatuetas para casa (mas nenhuma dessas vitórias foi nas 4 categorias principais do Grammy, de álbum, gravação, canção e revelação).

Para 2026, há algumas mudanças na premiação. Um ano após Beyoncé vencer o prêmio de Melhor Álbum Country com Cowboy Carter, a categoria foi dividida entre Melhor Álbum Country Contemporâneo e Melhor Álbum Country Tradicional. Além disso, no campo da música clássica, compositores e letristas agora serão elegíveis junto com outros profissionais criativos, como artistas, produtores e engenheiros de álbuns.

Em sua 68ª edição, o evento engloba um total de 95 categorias. A cerimônia de premiação acontecerá em 1º de fevereiro de 2026, na Crypto.com Arena, em Los Angeles.

+++ LEIA MAIS: Grammy 2026: veja a lista completa dos indicados

Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo, Gabriela é mineira e apaixonada por arte e cultura. Ela também já foi dançarina e seu principal hobbie é conhecer todos os cinemas de rua de SP. Foi estagiária no Jornal da USP e, na Rolling Stone Brasil, fala sobre música, filmes e séries.
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