Por Cláudia Boëchat
Paulinho da Viola faz 70 anos em novembro. Lindo, elegante e delicado como sempre. Ele é um daqueles caras que parecem viver em outra dimensão. Vi um show dele dia desses aqui em São Paulo e sua calma, em gestos e palavras, era algo inusitado para a gente que vive em uma metrópole, no meio do estresse e da falta de tempo. Temos a impressão de que Paulinho não tem pressa. Para ele, o tempo não existe. Inclusive fisicamente, porque ele está com aquela carinha de sempre. O cabelo pode ter branqueado um pouquinho, mas só. Não é à toa que ele canta “meu tempo é hoje, não existe amanhã pra mim...”
Ele fala baixinho, se mexe devagar e espalha poesia. Adoro Paulinho! Gosto de absolutamente tudo o que ele compôs. Soube que está preparando um disco de inéditas, mas, enquanto esperamos, selecionei três músicas que acho absolutamente especiais no seu repertório. Só três por hoje; mas, com certeza, vou voltar a falar de Paulinho da Viola inúmeras vezes aqui. Esta foi uma escolha muito difícil, porque ele tem tanta coisa bonita que a vontade é de ouvir tudo!
“Coisas do Mundo Minha Nêga”:
“Vela no Breu”:
“Para Ver as Meninas”, com Marisa Monte:
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