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Exclusivo: Murilo Sá provoca a estranheza no clipe de "Dois Mundos"

Cantor baiano divulga o primeiro disco e já se prepara para lançar um segundo trabalho

Lucas Borges Publicado em 18/09/2015, às 15h42 - Atualizado em 21/09/2015, às 09h19

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Murilo Sá no clipe de "Dois Mundos" - Reprodução
Murilo Sá no clipe de "Dois Mundos" - Reprodução

Lucas Borges

Fazer videoclipes é para o baiano Murilo Sá tão natural quanto fazer música. “Gosto muito de clipe, desde criança é uma coisa que sempre me chamou atenção. Nem que seja só o artista parado, cantando a musica, acho que revela um pouco do universo visual do artista, as coisas que ele pensa. Imagem e musica sempre andaram juntas, eu acho”, diz Murilo.

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Da mesma forma como produz canções com fartura, portanto, o autor de Sentido Centro (disco de estreia dele, de 2014, disponível para ser baixado gratuitamente.) produz vídeos.

“Como hoje as pessoas consomem música de maneira muito fugaz, o clipe também é uma maneira de valorizar a música. Muita gente que não ouviu o disco acaba se interessando por ouvir ao ver o clipe”, acrescenta ele, dando um sentido prático à sua mania.

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Murilo estreou no formato colorindo a faixa "Eis que Eu Tento me Entreter" e agora divulga com exclusividade no blog Sobe o Som o desconcertante trabalho de "Dois Mundos". Além da guitarra, ele tratou de distorcer os frames com ajuda do diretor Felipe Milward e fotografia de Olivia Tarora.

Assista ao clipe de "Dois Mundos":

“A ideia nem era utilizar tanto esses aparelhos analógicos muito loucos que o Felipe tem, não era para ter tanto efeito. Mas depois fomos ver que a música tinha uma certa estranheza e a minha interpretação também. Então, buscamos isso”.

Assista ao vídeo de "Eis que Eu Tento me Entreter":

A “estranheza” ou a “piração”, como diz Murilo, deverão marcar ainda os próximos clipe dele. Eles já estão a caminho e devem acompanhar novas composições. O segundo álbum do soteropolitano está praticamente pronto, deve sair no primeiro semestre de 2016 e tem nome: Durango!.

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Rodrigo Bourganos, do Bombay Groovy, com sítar, Tomas Oliveira, do Mustache e os Apaches, com baixo acústico e órgão, os músicos de apoio Rob Ashtoffen, no baixo, e Pedro Falcão, na bateria – todos esses presentes em Sentido Centro –, já gravaram para o próximo disco de Murilo. O pianista Pedro Pelotas, do Cachorro Grande, será novidade.

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Se no trabalho de estreia o baiano se urbanizou com a cena da Rua Augusta, em São Paulo, e olhou para dentro, em Durango! ele promete fazer o movimento contrário. “É menos sobre o que eu sinto e mais sobre o que eu vejo”.

O som, ele faz questão de deixar voar. “Sou um cara que tem muita influência de rock antigo e também de coisas novas, mas não me prendo muito. O “White Album” [originalmente intitulado The Beatles], dos Beatles, é meio que uma referência para mim, com diversas facetas dos compositores. Acho que a unidade das minhas musicas é meu estilo”.