Banda fará o lançamento do seu primeiro disco em São Paulo no dia 16 de outubro
Por Lucas Borges
A intuição tem conduzido o Folks no processo de redescobrimento da emergente banda de rock. O nome, por exemplo, foi “enviado” por um beatle em uma mensagem subliminar. “Estava no trânsito ouvindo a versão de ‘Stand By Me’ de John Lennon e ele falou, ‘How are you doing, folks?’”, relembra o vocalista Kauan Calazans.
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O som é inspirado em acordes setentistas, que tomaram as cabeças dos integrantes do grupo do Rio de Janeiro e os guiaram durante a produção do primeiro disco deles: com uma gravação sem dobra de guitarra, com timbres orgânicos, transportando o ouvinte direto para o palco.
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A capa do álbum, ilustrada por um garotinho com o corpo tatuado, também veio do “além”. “Eu tive um sonho em que a gente estava fazendo um ensaio fotográfico com um menino todo tatuado. Quando parei para analisar, em todo início de trabalho em qualquer carreira é bem difícil você ter um respeito. Acho que a busca de cada ser humano é pelo reconhecimento. Um menino que tem pouco domínio da linguagem oral, de dois ou três anos, diz muita coisa no olhar. É basicamente por aí. O Folks está lançando o primeiro disco agora, mas tem muito para ser dito e muito para ser sentido”, explica Calazans.
O resultado da trajetória sensorial do quinteto, resumido em um minidocumentário divulgado com exclusividade pelo blog Sobe o Som, não poderia ser mais animador. As letras de fácil conexão com a plateia – vide o hit “Muito Som” – definitivamente casaram com a crua musicalidade e renderam frutos concretos.
Assista ao documentário:
“Chegamos ao terceiro lugar do iTunes! É muito louco estar em primeiro Guns N’ Roses, em segundo Eric Clapton e em terceiro a gente”, se anima o vocalista do Folks – e ele não cita que na quarta colocação aparecia The Wall, do Pink Floyd.
Nem adianta dizer que é sorte de principiante. Apesar de só ter lançado o disco de estreia em junho deste ano, o grupo está junto desde 2011, com Ygor Helbourn na bateria, Paulinho Barros e Luca Neroni nas guitarras e Vitor Carvalho no baixo.
Veja o clipe de "Muito Som"::
A ascensão coincide com um movimento nomeado “A Cena Vive”, que tem aglutinado jovens roqueiros cariocas. “É uma ideologia de vida mesmo, de entender que o individual está incluído no coletivo. E se você priorizar o coletivo é muito melhor, você consegue coisas muito maiores do que simplesmente ter uma pequena parcela disso na palma da sua mão”, Calazans define.
O cantor continua: “O rock carioca nunca morreu, nem o rock nacional. Desde 2004 a gente tem banda, faz shows e viaja. Tocamos toca terça-feira de madrugada na Lapa e tem gente curtindo. O rock só não estava em evidência nas grandes mídias e de uns dois anos para cá isso tem mudado bastante. O reconhecimento é cada vez maior”.
No dia 16 de outubro, o som dos Folks será testado em São Paulo, durante show no Hangar 110. “Vai fazer toda a diferença um lançamento oficial para o público paulistano porque é a galera bem rock and roll”, diz o vocalista.
Serviço
Folks em São Paulo
Data: 16/10/15 (sexta-feira)
Horário: a partir das 19h
Local: Hangar 110 (Rua Rodolfo Miranda, 110, São Paulo-SP)
Ingressos: R$ 20 (http://www.hangar110.com.br/.)