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Humanish canta as dores de um escravo no navio negreiro na pulsante “Árvore do Esquecimento”

Fluxo de consciência, terror e aceitação estão na faixa que lidera o novo EP da banda, Benim

Pedro Antunes Publicado em 30/09/2014, às 10h53 - Atualizado às 11h43

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Humanish - Vinicius Grosbelli/Divulgação
Humanish - Vinicius Grosbelli/Divulgação

Por Pedro Antunes

O fluxo de pensamentos de um homem recém-transformado em escravo, capturado em Benim, país da África Ocidental, levado a um navio negreiro à força, conduz a instigante novidade “Árvore do Esquecimento”, que vem do Humanish, banda já conhecida pelas instigações sonoras desde o primeiro disco, homônimo, lançado em 2011.

Agora em trio, desde a saída de Igor Ribeiro Amatuzzi, no início deste ano, Marano (guitarra e voz), Allan Yokohama (guitarra e voz) e Tiaguera Nunes (bateria) se envolvem nesta espiral contínua e amaldiçoada.

Do começo ao fim, o Humanish sabe navegar pelos altos e baixos e inquietações inconscientes e transportam o ouvinte para séculos atrás, diretamente para o choque de revolta e aceitação deste jovem negro cujo futuro não parece promissor. Ao ser obrigado a circular um baobá, a árvore do esquecimento do título da música, o recém-transformado em escravo deixaria para trás todo o passado, lembranças e crenças.

Ouça “Árvore do Esquecimento”

A faixa é assinada pelo trio, com letra de Marano, e a produção é assinada por Júlio Anizelli. Ela estará incluída no EP Benim, cujo lançamento será ainda em 2014, sucedendo o álbum de estreia e o EP Ruas de Jasmim, de 2013.